União de Zanzibar com a Tanzânia contestada na Justiça
Um grupo de militantes defensores do separatismo do arquipélago semi-autónomo de Zanzibar, no oceano Índico, apresentou uma ação judicial num tribunal regional leste-africano para contestar a união das ilhas com a Tanzânia, concretizada em 1964.
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Citado pela agência noticiosa France Presse (AFP), Rashid Salum Adiy, líder do Direito de Zanzibar à Liberdade e à Autonomia (ZARFA), organização que não é reconhecida pelas autoridades tanzanianas, disse ter conseguido obter 40.000 assinaturas para denunciar um acordo que, considerou, é "largamente desfavorável" ao arquipélago.
Adyi, antigo militante do partido no poder na Tanzânia, é conhecido por ter organizado, no passado, várias manifestações para contestar uma união que considerou "política" e "sem base legal", prejudicial aos interesses de Zanzibar.
"Com as provas que dispomos, defendemos que a união não tem qualquer base legal. É meramente política e não tem em conta os interesses dos cidadãos", afirmou Adyi à AFP.
O Tribunal de Justiça da África Oriental, com sede em Arusha, norte da Tanzânia, marcou a primeira audiência para 08 de março próximo.
O sistema político tanzaniano acordou a Zanzibar uma larga autonomia, com o arquipélago a dispor de um Governo e Parlamento próprios.
No entanto, vários partidos da oposição pedem há vários anos o regresso à independência que viveram por poucos meses no início de 1964, antes da união com o território de Tanganica, dando origem à República Unida da Tanzânia.
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