Stoltenberg quer fortalecer a aliança atlântica "para evitar o conflito"
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, quer fortalecer a aliança atlântica "não para provocar, mas para evitar o conflito", através de uma reforma e da modernização das suas estruturas que será debatida hoje pelos ministros da Defesa do bloco.
© Getty Images
Mundo NATO
"O objetivo de ter uma NATO forte (...) não é para provocar, mas para evitar o conflito", disse Stoltenberg, que também enfatizou a necessidade de aumentar os gastos em defesa, um dos compromissos que os aliados acordaram na cimeira de Gales (Reino Unido) em 2014 e que os ministros também debaterão hoje.
"Muitos aliados reduziram seus gastos de defesa após a Guerra Fria porque as tensões foram reduzidas. Entretanto, se somos capazes de diminuir os gastos quando as tensões são reduzidas, também devemos aumentá-lo quando aumentam e, agora, estão a crescer" disse o político norueguês.
Em particular, o responsável norueguês citou a ameaça terrorista e a questão russa.
Stoltenberg disse que "a NATO é uma aliança defensiva" que "está a responder de forma proporcional" às "violações do direito internacional" por parte de Moscovo, com a anexação ilegal da Crimeia em 2014 e a "desestabilização" da Ucrânia.
"Durante muitos anos após a Guerra Fria, os aliados reduziram suas capacidades militares e tentamos ter uma associação com a Rússia", acrescentou, e assegurou que a NATO não quer "outra Guerra Fria" e está comprometida com o "diálogo" e uma ação "firme" com Moscovo.
Depois de reforçar a sua presença militar na Europa Oriental, a NATO está agora a discutir uma reforma das suas estruturas de comando.
O objetivo é proteger as linhas de comunicação marítima entre a América do Norte e a Europa contra a agressividade da Rússia e o aumento da ameaça terrorista no flanco sul.
Ainda será adicionado o novo centro de operações localizado em Nápoles (Itália), que ainda não está ativo e que os países do sul instarão hoje a iniciar o mais rápido possível.
Por outro lado, os ministros debatem hoje a evolução das despesas de defesa com o objetivo de conseguir que, em todos os países, investam-se 2% do produto interno bruto (PIB) até 2024, um compromisso que apenas 15 dos 29 países da Aliança.
Sob a pressão dos EUA, os aliados apresentarão planos nacionais sobre como pretendem alcançar esse objetivo.
"O aumento das despesas e da distribuição justa entre os aliados é necessário para manter os nossos países seguros", concluiu Stoltenberg.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com