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Negou-se a matar afro-americano e foi despedido. Agora, é indemnizado

Quase dois anos depois de ter tentado poupar vida a um suspeito armado, Stephen Mader, que foi despedido por não ter disparado, vai receber 142 mil euros da polícia norte-americana.

Negou-se a matar afro-americano e foi despedido. Agora, é indemnizado
Notícias ao Minuto

10:49 - 13/02/18 por Tiago Miguel Simões

Mundo Polícia

Tomou a decisão certa e foi despedido por isso. Esta é história de Stephen Mader um agente da polícia norte-americana, de 27 anos, que, quando chamado a uma ocorrência, optou por não disparar e consequentemente matar um suspeito que se encontrava armado.

A história desenrolou-se em maio de 2016, quando Mader foi chamado a uma ocorrência e encontrou Ronald Williams, um afro-americano de 23 anos, armado e muito perturbado. De acordo, com o processo que mais tarde se desenrolou em tribunal, Williams estaria mesmo a tentar um ‘suicídio por polícia’, leia-se, provocar as autoridades propositadamente para ser morto por um polícia. Algo que lhe foi negado, devido à calma e à leitura feita por Stephen Mader, veterano das guerras do Iraque e Afeganistão, que se recusou a abater o suspeito, mesmo depois de este lhe ter pedido várias vezes que o alvejasse.

“Dispara. Dispara só”, gritou o suspeito de 23 anos, enquanto o polícia tentava acalmá-lo e negociar com ele, uma vez que terá percebido que não representava perigo para ele, para os seus colegas, ou para qualquer civil.

No entanto, quando uma dupla de agentes da polícia de Weirton, cidade de West Virginia onde tudo ocorreu, entrou em cena, disparou imediatamente, matando Ronald Williams. Acontece que a arma do suspeito estava descarregada.

Dez dias depois do incidente, Mader recebeu uma carta de despedimento por não ter disparado quando teve oportunidade. A carta defendia que o agente da polícia não soube responder à ameaça. “Infelizmente, na realidade do trabalho policial tomar uma decisão é melhor do que não tomar decisão nenhuma”, vinha escrito.

A cidade de Weirton defendeu a polícia e o despedimento de Stephen Mader. Descontente, o agente colocou a situação em tribunal. Passados quase dois anos, o caso chegou ao fim e o seu antigo departamento policial viu-se obrigado a indemnizá-lo em 142 mil euros, decretou o tribunal. Depois de o julgamento chegar ao fim, o advogado de Mader afirmou que “nenhum polícia deve ser despedido ou ver o seu nome arrastado para a lama por escolher conversar em vez de alvejar um cidadão”.

Já Stephen Mader diz-se apenas feliz por ter encerrado este assunto. “No final do dia, estou feliz por fechar este capítulo da minha vida”, comentou, garantindo ainda que o seu antigo empregador não conseguiria impedi-lo de ser contratado para a polícia de outra cidade.

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