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Jovem pede para morrer. "Não aguento mais viver no meu corpo"

A jovem chilena gravou um vídeo, que pode ver na galeria, em que apela à legalização da eutanásia. Atenção: o vídeo contém uma mensagem e imagens que podem ferir a suscetibilidade dos leitores mais sensíveis.

Notícias ao Minuto

17:22 - 10/02/18 por Filipa Matias Pereira

Mundo Chile

"Não tenho descanso, é algo tão terrível. Não posso descansar nem de dia nem de noite”. É desta forma que Paula Diaz apela, no vídeo que pode ver na galeria, às autoridades para que legalizem a eutanásia. Paula não “aguenta mais” viver no seu corpo.

A jovem chilena de 19 anos sofre uma doença degenerativa que lhe causa dores intensas. Por isso, desencadeou uma campanha para que a presidente do Chile, Michelle Bachelet, autorize a sua morte assistida.

“Suplico-lhe com todas as minhas forças que me venha ver porque já não posso mais esperar”, pede a jovem nas duras imagens divulgadas pela família nas redes sociais. O objetivo é sensibilizar a sociedade sobre a situação de Paula, que passou “de ser uma menina saudável a estar prostrada numa cama a sofrer uma dor interminável de dia e de noite”, escreve o El País.

A sua irmã Vanessa contou à rádio local BioBio como decorreu o processo de deterioração de Paula, que começou em novembro de 2013 “com uma série de sintomas desconexos, alguns deles desconhecidos para os médicos”.

Primeiro começaram os movimentos involuntários, depois perdeu a sensibilidade nas mãos e nas pernas. “Os médicos não conseguiam associar isso a uma enfermidade concreta”, explica.

A partir de então começou o périplo da família Diaz por hospitais para tentar decifrar o diagnóstico, mas até ao momento os médicos e investigadores ainda não conseguiram identificar uma causa clara. As consequências, porém, são bem visíveis. Ela permanece prostrada na cama com as pernas rígidas e dobradas para trás; tem fotofobia - sensibilidade à luz - e geme por causa do ardor constante no corpo, que não é aliviado apesar das compressas frias e das bolsas de gelo. Quase não consegue dormir: “Já passámos por muitíssimas instituições hospitalares, múltiplos diagnósticos. É terrível não ter uma certeza do que se passa com ela”, lamenta a irmã.

A mãe de Paula, María Cecilia Ahumada, uma professora divorciada e desempregada há quatro anos, enviou em dezembro uma carta ao Parlamento contando a história da sua filha e pedindo ajuda, inclusive financeira, para enfrentar a difícil situação que atravessam. “A minha filha exige descanso, pede uma injeção para que durma para sempre (...). Tudo isto seria muito mais suportável se eu tivesse os recursos económicos”, escreveu.

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