Beatles do ISIS mataram Foley. Mãe não quer que os enviem para Guantanamo
James Foley, jornalista norte-americano, foi sequestrado e mais tarde decapitado num vídeo que o Daesh pôs a correr o mundo.
© Reuters
Mundo Diane Foley
Em 2014, estava o autoproclamado Estado Islâmico no auge da sua ofensiva, o mundo ficou em choque ao testemunhar os vídeos brutais de decapitações que os jihadistas puseram a circular.
Num desses vídeos a vítima era James Foley, jornalista norte-americano obrigado a vestir um fato macaco semelhante aos dos prisioneiros de Guantanamo.
O assassino seria ‘Jihadi John’, um britânico radicalizado que era acompanhado no terreno por outros britânicos igualmente radicalizados. Chamaram-lhes os ‘Beatles’ do ISIS.
Kotey e Elsheikh serão os últimos elementos deste grupo de quatro britânicos que se destacou entre a brutalidade e propaganda do grupo jihadista. Foram recentemente capturados. E apesar do que fizeram ao seu filho, a mãe de James Foley diz o que pensa sobre a possibilidade de serem enviados para Guantanamo: “Sou muito, muito contra”, afirmou à Sky News.
Guantanamo, recorde-se, é a prisão norte-americana que continua a operar, com detidos sem acusações formais e histórias de tortura. É lá que os Estados Unidos têm mantido homens que consideram suspeitos de terrorismo. E são célebres de há vários anos as imagens de detidos com fatos macacos. As mortes que o Estado Islâmico filmou aconteciam, frequentemente, com as vítimas vestidas de forma semelhante aos detidos de Guantanamo.
Em declarações citadas pela cadeia televisiva britânica, Diane Foley, a mãe do jornalista brutalmente assassinado em 2014, explicou por que razão não quer que os restantes ‘Beatles’ do ISIS sejam enviados para lá.
“Iria perpetuar o ódio”, afirma. “Eles [as vítimas] foram executados em fatos macaco cor de laranja, como se estivessem em Guantanamo. Temos de estar acima disso. Precisamos de lhes mostrar o que é verdadeiramente a justiça”.
Depois de terem conseguido controlar partes consideráveis do Iraque e da Síria, o Estado Islâmico tem perdido continuamente terreno nos últimos anos, com sucessivas derrotas, estando reduzido a uns poucos milhares de jihadistas, encurralados numa porção de território cada vez menor.
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