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Polícia curda iraquiana pode ter executado em massa membros do Daesh

A organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) denunciou hoje que a polícia do Curdistão iraquiano, conhecida como 'Asayish', pode ter realizado execuções em massa de alegados membros do grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Polícia curda iraquiana pode ter executado em massa membros do Daesh
Notícias ao Minuto

13:34 - 09/02/18 por Lusa

Mundo ONG

"Novas evidências sugerem que, entre 28 de agosto e 03 de setembro de 2017, as forças de segurança 'Asayish' da secção oeste do Tigre do governo regional do Curdistão realizaram execuções em massa de supostos combatentes do EI que estavam sob a sua custódia", assegurou a organização não-governamental num comunicado.

A HRW sublinhou que estas ações constituem "crime de guerra" e pediu às autoridades regionais que investiguem "todos os supostos crimes, incluindo os assassínios ilegais, cometidos por qualquer parte (envolvida) no conflito".

Segundo o relato da HRW, os homens (iraquianos e estrangeiros) encontravam-se detidos pelas forças militares do Governo regional curdo, os chamados "peshmergas", num colégio situado na localidade de Sahil al-Maliha, a cerca de 70 quilómetros ao noroeste de Mosul.

A polícia curda 'Asayish' transportou-os, então, para uma prisão em Shilgia, uma localidade a 45 quilómetros de Sahil al-Maliha, e posteriormente para dois lugares próximos onde foram executados.

"As autoridades iraquianas e regionais devem investigar de maneira urgente e transparente as alegações sobre as execuções em massa e apresentar os responsáveis ante da justiça", afirmou a subdiretora para o Oriente Médio da HRW, Lama Fakih.

Fakih insistiu que "as evidências sugerem que as forças de segurança 'Asayish' realizaram execuções em massa de supostos membros do EI capturados noite após noite durante uma semana, matando, talvez, dezenas ou mesmo centenas de homens".

A HRW assegurou que o coordenador da defesa internacional do governo curdo, Dindar Zebari, negou a existência das execuções e alegou que os cadáveres são de homens mortos em combates.

No entanto, a HRW insistiu que esta alegação contradiz o facto de as pessoas encontradas nas fossas comuns apresentarem tiros na cabeça e existir fotografias que mostram cadáveres amarrados.

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