O líder do Partido Social-Democrata (SPD), Martin Schulz, antigo presidente do Parlamento Europeu, abandona a liderança do partido para chefiar o Ministério dos Negócios Estrangeiros, segundo o Süddeutsche Zeitung e a Der Spiegel.
A pasta das Finanças irá para o presidente da câmara de Hamburgo, Olaf Scholz.
Segundo o acordo, a União Democrata-Cristã (CDU) da chanceler Angela Merkel fica com a chancelaria e as pastas da Defesa, Economia e Energia, Saúde, Educação e Agricultura.
O líder do partido bávaro aliado da CDU, a União Social-Cristã (CSU), Horst Seehofer, crítico do acolhimento pela Alemanha de centenas de milhares de refugiados, fica à frente do Ministério do Interior, ao qual quer acrescentar a designação "e da Pátria".
A CSU fica ainda com com os Transportes e Cooperação Económica.
Ainda segundo a imprensa, Merkel vai reconduzir no cargo a ministra da Defesa, Ursula Von der Leyen, e Peter Altmeier, que chefiou interinamente as Finanças nos últimos meses, passa para a Economia e Energia.
Esta repartição de pastas é mais favorável ao SPD do que a do anterior governo de "grande coligação" (2013-2017), ou "Groko", especialmente por obter agora as Finanças.
O acordo CDU/CSU-SPD vai ainda ser submetido à votação dos mais de 460.000 militantes sociais-democratas, processo que deverá levar semanas.