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Irão executou três pessoas por crimes que cometeram quando eram crianças
Desde 2014, Teerão já foram executadas, sobretudo por enforcamento, 25 pessoas por crimes cometidos durante a infância e adolescência. Quando é que o Irão "vai acabar com esta prática deplorável de executar crianças?”, questiona a Human Rights Watch.
© Reuters
Mundo Direitos Humanos
Pelo menos três pessoas foram executadas no Irão este ano por crimes cometidos quando ainda eram menores de idade, denunciou, esta quarta-feira, a Human Rights Watch que fala num “início de ano sangrento” em Teerão.
No passado dia 4 de janeiro, Amirhossein Pourjafa, de 18 anos, foi enforcado na cidade de Karaj por alegadamente ter violado e assassinado uma criança de três anos. Na altura do crime, Pourjafa tinha 16 anos.
No dia 30 de janeiro, o jovem de 20 anos, Mahboubeh Mofidi, foi executado, em Nowshahr, por ter matado a sua esposa quando tinha 17 anos. No mesmo dia, na cidade de Bushehr, Ali Kazemi foi enforcado por ter assassinado uma pessoa na rua, quando tinha 15 anos.
Tendo em conta a idade dos jovens na altura do crime, a Human Rights Watch e a Amnistia Internacional denunciaram os casos, considerando que as autoridades iranianas deveriam reconsiderar a aplicação da pena de morte no país.
“O Irão parece ter a intenção de apagar qualquer impressão positiva obtida através de reformas modestas nas suas leis de execução relativamente a crimes relacionados com drogas, enforcando várias crianças num início de 2018 sangrento”, afirmou, em comunicado, Sarah Leah Whitson, diretora da Human Rights Watch para o Médio Oriente. “Quando é que o sistema judicial iraniana, na sua alegada missão de assegurar a justiça, vai acabar com esta prática deplorável de executar crianças?”, questionou Whitson.
A pena de morte está em vigor no Irão desde a Revolução Islâmica de 1979 e é aplicada, entre outros, em casos de tráfico de droga ou ofensas religiosas. Juntamente com o Paquistão, Iémen e Arábia Saudita, o Irão é um quatro países que executou crianças desde 2013. De acordo com a Human Rights Watch, desde 2014, há registo de pelo menos 25 pessoas executadas por crimes cometidos quando eram crianças.
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