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EUA condenam prisão de 29 iranianas que recusaram o véu islâmico

Os Estados Unidos condenaram hoje a prisão pelas autoridades iranianas de 29 mulheres que se manifestavam em Teerão contra a imposição de usar em público o véu islâmico, em vigor desde a revolução de 1979.

EUA condenam prisão de 29 iranianas que recusaram o véu islâmico
Notícias ao Minuto

07:36 - 03/02/18 por Lusa

Mundo Washington

"Os Estados Unidos apoiam os iranianos que protestam contra a imposição de que as mulheres usem o véu islâmico. Condenamos as alegadas detenções de pelo menos 29 pessoas por exercerem os seus direitos humanos e liberdades fundamentais, lutando contra o véu obrigatório", disse em Washington a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.

A porta-voz divulgou uma nota onde reafirma que "as pessoas devem ser livres para escolher a roupa que usam e para praticar a sua fé como o desejam". Nauert acrescenta que "privar os indivíduos de fazer esta escolha diminui a sua autonomia e dignidade".

Na sexta-feira, a polícia iraniana prendeu 29 mulheres que protestavam em Teerão, de cabeça destapada, contra a imposição de usar em público o véu islâmico, em vigor desde a revolução de 1979.

"A polícia prendeu 29 pessoas que perturbavam a ordem social e entregou-as à justiça", revelou em comunicado a polícia da capital do Irão, sem acrescentar mais pormenoresNos últimos dias têm sido publicadas nas redes sociais fotografias de mulheres de cabeça destapada, em Teerão e noutras cidades. As mulheres retiram o véu ("chador" ou "hiyab") que cobre o seu cabelo e colocam-no num pau, agitando-o como uma bandeira, em sinal de desafio.

A lei em vigor desde a revolução islâmica de 1979 impõe às mulheres o uso do véu e de vestidos que escondam as formas do corpo.

O zelo da polícia iraniana em fazer cumprir esta lei tem vindo a diminuir à medida que aumentam os protestos contra o uso dos véus islâmicos. Em dezembro, uma jovem iraniana foi presa por se ter desnudado na rua como forma de protesto contra a imposição do véu, tendo sido libertada dias depois.

O Procurador-Geral da República do Irão, Mohammad Jafar Montazeri, tem tentado repetidamente desvalorizar os protestos, classificando-os como "infantis". Montazeri argumenta que os protestos são um fenómeno relacionado com as redes sociais e garante que no país há mais de 80 milhões de mulheres que não têm qualquer problema em usar o véu islâmico.

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