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Venezuela acusa EUA de incentivar golpe militar para mudança de governo

A Venezuela acusou hoje os Estados Unidos de "incitar" um "golpe militar" no país para originar uma "mudança violenta" do governo e denunciou uma "estratégia de agressão total" de Washington contra Caracas.

Venezuela acusa EUA de incentivar golpe militar para mudança de governo
Notícias ao Minuto

20:03 - 02/02/18 por Lusa

Mundo Jorge Arreaza

"A Venezuela denuncia perante o mundo que (...) o secretário de Estado Rex Tillerson tornou pública a intenção do seu Governo de provocar uma mudança violenta do Presidente constitucional da Venezuela, incitando um golpe militar", assinalou em comunicado o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, através da sua conta 'Twitter'.

A Venezuela, que se referiu a "ameaças" que qualificou de "graves", respondeu desta forma às alegadas declarações de Tillerson na quinta-feira, nas quais se terá referido à possibilidade de uma sublevação militar no país caribenho como forma de mudança de governo, afirmações que não foram confirmadas por Washington.

Segundo o comunicado do ministério dos Negócios Estrangeiros venezuelano, a administração dos Estados Unidos "confessa" desta forma as "intenções de agressão, contrárias aos mais elementares princípios do Direito internacional público que regem as relações entre as nações civilizadas".

Para Caracas, o objetivo principal do périplo diplomático do chefe da diplomacia da Casa Branca pela América Latina e Caribe -- com deslocações confirmadas ao México, Argentina, Peru e Colômbia -- consiste em "aumentar as pressões sobre governos da região, para que acompanhem o perverso plano de agressões contra a Venezuela".

Em declarações no âmbito desta visita, Tillerson questionou as eleições que vão decorrer em maio na Venezuela e pediu que sejam "abertas e democráticas". Criticou ainda a presença da Rússia e da China na América Latina, a quem chamou de "predadores" que procuram o seu "próprio benefício".

As declarações do secretário de Estado dos EUA também mereceram reparos do Presidente boliviano Evo Morales, ao assegurar hoje numa mensagem 'twitter' que Washington "confessa as suas ambições golpistas" na Venezuela,

Na segunda parte da mensagem, Morales apelou à unidade da "Pátria Grande" para enfrentar a "nova ameaça e defender a independência e soberania da Venezuela".

O Governo de Morales é dos poucos executivos da América do Sul que continua a manifestar um apoio explícito ao Presidente venezuelano Nicolás Maduro.

As relações entre Washington e Caracas permanecem tensas há mais de uma década e os dois países estão sem embaixadores desde 2010.

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