"A missão do Conselho de Transição do Sul (STC) centra-se na realização da aspiração do povo da Arábia do Sul (sul do Iémen) de recuperar a soberania e independência e construir um Estado federal em todos os seus territórios", indica o preâmbulo do texto, redigido em janeiro e citado pela agência de notícias francesa AFP.
De acordo com o documento, alguns dos objetivos do STC são "conseguir a libertação de todos os territórios da Arábia do Sul (sul do Iémen) ocupados e invadidos por forças [do Norte]; coordenar todos os esforços para reconstruir e ativar o Estado civil do Sul e administrar os territórios libertados; e concretizar a independência política, administrativa e financeira em relação a Sanaa (a capital do Norte) e construir o Estado independente civil e moderno do Sul".
Além disso, o STC pretende igualmente "preservar os ganhos e as vitórias obtidas pelas organizações separatistas Movimento do Sul do Pacífico e Resistência Popular Sulista para alcançar a estabilidade e a segurança do Sul com a ajuda das forças da coligação árabe (a coligação liderada pela Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos que interveio militarmente a partir de 2015 contra os rebeldes huthis do norte, apoiados pelo Irão)".
Outros objetivos são, ainda, "combater o terrorismo e o extremismo e proteger a segurança e a estabilidade da região, em parceria com as comunidades regional e internacional" e "reforçar a relação e a parceria com os Estados da coligação árabe sob a direção do reino da Arábia Saudita do Estado dos Emirados Árabes Unidos".
Ainda segundo o texto, compõem a direção do STC 25 elementos, três dos quais mulheres, sob a presidência do general Aidarous al-Zubaidi.
Este último formou o STC em maio de 2017, pouco depois de ter sido afastado do cargo de governador de Aden pelo Presidente iemenita, Abd Rabbo Mansur Hadi.
Aden era a capital do Iémen do Sul, Estado independente antes da fusão com o Norte, em 1990.
Forças separatistas ligadas ao STC saíram vitoriosas esta semana dos combates contra as tropas governamentais, que perderam a quase totalidade das suas posições em Aden.