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Prisão perpétua para alemão de 20 anos por duplo homicídio

A justiça alemã condenou hoje a prisão perpétua um alemão de 20 anos por duplo homicídio, agravado por circunstâncias de brutalidade pouco comuns, incluindo o homicídio de uma criança de nove anos do qual se gabou na 'Darknet'.

Prisão perpétua para alemão de 20 anos por duplo homicídio
Notícias ao Minuto

17:49 - 31/01/18 por Lusa

Mundo Crime

O Tribunal de Bochum (oeste da Alemanha) emitiu uma sentença com "circunstâncias agravantes", tal como lhe tinha sido pedida pelo Ministério Público, referindo "o homicídio sem móbil de dois rapazes completamente inocentes".

Um condenado a pena perpétua na Alemanha pode pedir para ser posto em liberdade condicional ao fim de 15 anos. Mas se a sentença invocar circunstâncias agravantes, a liberdade condicional fica praticamente posta de parte.

A defesa não fez qualquer pedido concreto, mas apelou a um julgamento ao abrigo do direito penal de menores, mais clemente, invocando um atraso na maturidade do arquigo Marcel Hesse.

"Ele passava a maior parte do seu tempo em frente ao computador, a jogar os mais violentos jogos de vídeo e, quanto saía, batia nas árvores com uma espada de madeira", alegou o seu advogado, Michael Emde.

Durante os quatro meses e meio do seu processo, o réu não falou em momento algum, nem mostrou sinais de arrependimento.

Descrito como um "solitário", o jovem gabou-se na 'Darknet' (redes encriptadas de Internet usadas sobretudo para fins ilícitos) de ter apunhalado até à morte o seu vizinho de nove anos.

O corpo da criança - esfaqueado com 52 golpes - foi encontrado na cave do suspeito, em Herne (oeste da Alemanha).

Também admitiu à polícia ter apunhalado - desta vez com 68 golpes - um homem de 22 anos, um velho conhecido na casa de quem tinha passado a noite.

Fotos dos corpos das duas vítimas acabaram por aparecer na Internet, ainda que por pouco tempo, mas o suficiente para causar o horror em Herne.

O processo não revelou qualquer móbil para os crimes. O Ministério Público evocou "um desejo de matar" e uma "vontade de saciar o seu próprio sadismo".

Em março, o jovem explicou os seus atos se deveram à frustração que sentiu por ter sido rejeitada a sua candidatura ao exército alemão e pelo medo de perder a ligação à Internet devido a uma mudança de casa.

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