Especialista lança nova luz sobre caso de Jack, o Estripador
Mais de 200 cartas relacionadas com os assassínios foram recebidas pela polícia.
© Casebook: Jack the Ripper
Mundo Mistério
Um especialista em linguística quer trazer uma nova luz a um conjunto de cartas misteriosas, supostamente, escritas por Jack o Estripador, durante a onda de homicídios levados a cabo em Londres, em meados do século XIX.
Mais de 200 cartas relacionadas com os crimes.foram recebidas pela polícia e pelos media.
Pensa-se que Jack terá morto pelo menos cinco mulheres na zona de Whitechapel, em Londres, durante agosto e novembro de 1888 mas, até hoje, a sua identidade nunca foi descoberta.
Andrea Nini, um especialista em linguística forense da Universidade de Manchester, analisou 209 cartas relacionadas com o caso e encontrou as semelhanças entre os textos delas, é revelado num estudo publicado na revista Digital Scholarship in the Humanities.
A maioria das cartas assinadas 'Jack o Estripador' são consideradas falsas, pois desde que as primeiras cartas foram recebidas, a polícia decidiu publicá-las, o que fez com que fossem inundados por falsificadores. No entanto, Andrea conseguiu focar a sua análise em dois dos seus textos mais antigos, "os dois textos mais icónicos responsáveis pela criação da personagem de Jack o Estripador".
Uma delas é a primeira em que o nome de Jack é usado. A carta escrita a tinta vermelha foi recebida na Agência de Notícias Central de Londres, a 27 de setembro de 1988, e encaminhada para a Scotland Yard. O especialista notou as similaridades linguísticas entre a carta e um postal recebido pela mesma Agência a 1 de outubro do mesmo ano.
"A minha conclusão é de que há provas linguísticas de que foram escritas pela mesma pessoa", disse à Fox News.
Através da forma da construção das frases nas duas missivas e do uso de determinados verbos, concluiu que teriam sido escritas pelo mesmo autor. A identidade, no entanto, não é clara.
O especialista explicou que apesar da sua análise forense não revelar o autor das cartas, pode oferecer pistas sobre as restantes e sobre os falsificadores.
"Uma vez que todos os falsificadores tentam imitar o estilo de Jack o Estripador original, pode criar-se um banco de dados para entender como as pessoas tentam falsificar o estilo de escrita e o quão bem sucedidos são na imitação. Os resultados indicam que é muito difícil fazê-lo", explicou.
Andrea cruzou-se com as cartas há uns anos e disse ter ficado "surpreso ao saber que ainda não tinha sido feita nenhuma análise linguística às cartas" e referiu que a aplicação das técnicas de linguística modernas podem revelar informações sobre o autor.
Mais de cem anos depois dos assassinatos brutais, a identidade de Jack o Estripador continua a representar uma fonte de fascínio.
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