A gravadora Trikont anunciou a morte do músico, que terá acontecido no último domingo em Berlim, na Alemanha. Porém, a causa da sua morte ainda não foi divulgada.
Schumann, vítima do nazismo e sobrevivente do Holocausto, “encantava a audiência” não só com a sua música mas com “humor e simpatia”, afirmou um representante da Trikton.
Diz-se que o artista ficou fã de jazz quando ouviu esse género de música pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936.
Após ter sido detido em 1943 pelas SS, Schumann era forçado a entreter os guardas nazis, nos vários campos de concentração por onde passou.
Filho de pais judaicos, Schumann nasceu em Berlim em 1924. Auto didata, aprendeu sozinho a tocar bateria e guitarra. Na década de 30 tornou-se um músico de renome nos círculos de música alternativa berlinense.
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Em 1943, após o partido Nazi ter alcançado o poder Schumann foi preso e deportado para Theresienstadt, um campo de concentração localizado na atual República Checa.
Em Theresienstadt, Schumann tornou-se membro da banda ‘Ghetto Swingers’. Lá era obrigado a dar concertos para os oficias nazis. Mais tarde descreveu a experiência como “insuportável” e como “atuar no inferno”.
No ano seguinte foi enviado, juntamente com outros membros do ‘Ghetto Swingers’, para Auschwitz, na Polónia. Nesse campo de concentração era obrigado a tocar para os prisioneiros e para aqueles sujeitos a trabalhos forçados.
Após a sua libertação tornou-se num dos músicos e guitarristas mais importantes da Alemanha.
Na sua autobiografia publicada em 1997, escreveu que a música lhe “salvou a vida”.