Se Trump mentiu sobre tentativa de demitir Mueller, pode ser destituído
Ken Starr, o procurador que investigou Bill Clinton, fala em motivos para a destituição do presidente. Caso tenha mentido sobre tentativa de afastar Robert Mueller. “Mentir ao povo americano é um assunto sério”.
© Francisco Hoffmann
Mundo Estados Unidos
Na semana passada, o New York Times e outros meios de comunicação avançaram que Donald Trump teria tentado demitir o procurador especial Robert Mueller em junho de 2017. Ao seu estilo, Trump negou isso e disse que se tratavam de “fake news”.
Mas Ken Starr disse este domingo à ABC que se Donald Trump tiver mentido sobre a tentativa de demitir Mueller, há motivos para a destituição do presidente. “Mentir ao povo americano é um assunto sério que deve ser explorado. Eu levo muito, muito a sério as mentiras ao povo americano. É algo que o Bob Mueller deve ter esta possibilidade em atenção”.
E se há alguém que sabe do que fala é Ken Starr, que foi o procurador que investigou Bill Clinton e que usou as suas declarações falsas sobre a relação que manteve com Monica Lewinsky como base para o processo de destituição contra o então presidente, em 1998. Bill Clinton acabaria por ser absolvido deste processo pelo Senado.
If President Trump's denial of the reports he tried to fire Robert Mueller are not true, would that be grounds for impeachment? Ken Starr tells @MarthaRaddatz, "I take lying to the American people very, very seriously. So, absolutely." #ThisWeek pic.twitter.com/GxfUznvMry
— This Week (@ThisWeekABC) 28 de janeiro de 2018
O New York Times avançava que Trump teria pedido ao conselheiro da Casa Branca, Don McGahn, para demitir Mueller. A mesma notícia dava conta de que McGahn preferiria demitir-se do que cumprir com a ordem de Trump. É que para McGahn e para muitos republicanos, a demissão do procurador especial Robert Mueller poderia acabar com a presidência de Trump.
“É muito claro para mim que todos na Casa Branca sabem que isto seria o fim da presidência de Donald Trump”, disse este domingo o senador republicano Lindsey Graham à ABC. Já a senadora republicana do Maine, Susan Collins, afirmou à CNN que “não faria mal” se o Congresso passasse uma lei que protegesse Robert Mueller.
O procurador especial é o homem que está a liderar o inquérito sobre um eventual conluio entre membros da equipa de Trump e oficiais do governo russo para interferirem nas presidenciais de 2016.
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