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Médico que abusou de atletas com pena de prisão até 175 anos

Larry Nassar deverá ser alvo de uma histórica condenação. Médico ouviu esta semana, em tribunal, depoimentos de 156 vítimas.

Médico que abusou de atletas com pena de prisão até 175 anos
Notícias ao Minuto

17:50 - 24/01/18 por Anabela de Sousa Dantas com Lusa

Mundo Estados Unidos

O antigo médico da equipa de ginástica do Estados Unidos, Larry Nassar, foi condenado a uma pena de prisão de, no mínimo, 40 anos de prisão. O norte-americano, diz o Guardian, deverá enfrentar uma pena, em cúmulo jurídico, entre 40 a 175 anos de prisão.

Num julgamento onde foram ouvidos os testemunhos de 156 vítimas do ex-médico, ao longo de sete dias, a juíza Rosemarie Aquilina decidiu que Larry Nassar não deverá mais sair da prisão.

“É uma honra condená-lo porque, senhor, você não merece andar fora de um prisão nunca mais. Em qualquer lugar onde andar, vai haver destruição dos mais vulneráveis. Assinei a sua sentença de morte”, afirmou a magistrada.

Larry Nassar, uma figura de renome no desporto norte-americano durante décadas, já havia admitido o abuso sexual de sete atletas em novembro do ano passado mas as suas vítimas, menores de idade, chegaram às múltiplas dezenas, em crimes perpetrados ao longo de mais de 20 anos.

Entre as vítimas que vieram a público, estão as medalhadas olímpicas Aly Raisman, McKayla Maroney e Simone Biles.

Neste caso em particular, o processo levado a cabo pelo Ministério Público assentou nos crimes cometidos contra Jordyn Wieber, medalha de ouro olímpica em Londres2012, as colegas na equipa Aly Raisman, Gabby Douglas e McKayla Maroney, e três outras atletas. Há, porém, muitas outras atletas, várias aimda menores de idade à altura dos crimes, que revelaram ter sofrido abusos.

Recorde-se que Larry Nassar, de 54 anos de idade, já tinha sido condenado a 60 anos de prisão, no ano passado, por três crimes relacionados com pornografia infantil.

Durante a sessão em que foi proferida a sentença, o médico condenado confessou ter ficado "abalado" com os relatos das vítimas e disse ainda que "não há palavras" para descrever o quão arrependido está pelos crimes cometidos. "Vou levar as vossas palavras comigo para o resto dos meus dias", disse mesmo.

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