Decorre, nesta altura, o julgamento do recurso do ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva contra a sentença imposta pelo juiz Sérgio Moro, em sede de primeira instância, a nove anos e meio de prisão. Ao mesmo tempo, organizam-se várias manifestações em todo o país.

Alguns protestos tiveram início durante a noite e prolongaram-se até de manhã, como no caso de Brasília, com dezenas de pessoas a manifestar o seu apoio ao ex-presidente brasileiro. Outro grupo de apoio a Lula está em frente ao edifício da Justiça Federal de Pernambuco. Em Salvador estão cerca de 300 pessoas na rua, que se manifestam no mesmo sentido.

De acordo com o Estado de São Paulo, os manifestantes pedem o direito de Lula concorrer às eleições presidenciais deste ano.

Existem, também manifestações no sentido oposto, que pedem a prisão do ex-presidente. Uma imagem icónica é a do 'Pixuleco', uma caricatura de Lula da Silva vestido como um recluso, a bordo de um barco no rio Guaíba, em Porto Alegre.

© Reprodução Estadão Conteúdo

Entretanto, foi montada uma barreira policial perto do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, onde decorre o julgamento.

Manifestações antecedem decisão sobre futuro de Lula pic.twitter.com/ufX3fegKHb

— DW (Brasil) (@dw_brasil) 24 de janeiro de 2018

O julgamento é o tema do dia não só no Brasil como em todo o mundo. No Twitter, a hashtag #TRF4 está em segundo lugar dos 'trending topics' a nível global.

A hashtag #TRF4 já ocupa a segunda posição nos trending topics mundiais. pic.twitter.com/mmPPlZwLhz

— Jornal O Globo (@JornalOGlobo) 24 de janeiro de 2018

Recorde-se que os juízes desembargadores que integram o TRF-4 decidirão ao longo do dia de hoje se mantêm a condenação imposta ao ex-presidente ou se aceitam o recurso dos advogados de defesa, que pede a absolvição de Lula.

Entretanto, Lula da Silva disse hoje que a sua absolvição por unanimidade é a única decisão que espera de um julgamento que pode definir seu futuro político.

"A única decisão que espero que é que eles, por 3 a 0, digam que o juiz Moro errou ao dar a sentença (...) Se isso não acontecer nós temos muito tempo para tentar mostrar que houve o equívoco e para mostrar as mentiras que foram adotadas contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Lula", comentou.