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Suécia convoca embaixador chinês após detenção de livreiro em Pequim

O Governo sueco convocou hoje o embaixador chinês em Estocolmo após o dono de uma livraria de Hong Kong, que vendia obras críticas do regime chinês, ter sido detido pela segunda vez pelas autoridades chinesas.

Suécia convoca embaixador chinês após detenção de livreiro em Pequim
Notícias ao Minuto

10:56 - 23/01/18 por Lusa

Mundo Regime

Gui Minhai, que tem dupla nacionalidade, chinesa e sueca, seguia num comboio com dois diplomatas suecos, no sábado passado, quando foi detido por polícias chineses, em Pequim, segundo avançou a filha, Angela Gui, à emissora pública Rádio Sweden.

"É evidente que ele voltou a ser raptado e que se encontra detido num lugar secreto", disse.

A ministra sueca dos Negócios Estrangeiros, Margot Wallström, confirmou que o embaixador chinês foi chamado para discutir a detenção de Gui, três meses após este ter sido libertado.

Gui desapareceu pela primeira vez no final de 2015, quando passava férias na Tailândia. Era então o dono da "Mighty Current", editora de Hong Kong conhecida por publicar livros críticos dos líderes chineses.

O livreiro apareceu mais tarde na televisão estatal chinesa CCTV a confessar que se tinha entregado às autoridades pelo atropelamento e morte de uma jovem em 2004.

Quatro funcionários na livraria de Gui foram também detidos nos meses seguintes, mas acabaram por ser libertados passado pouco tempo, enquanto Gui permaneceu preso até outubro passado.

Wallström afirmou que o Governo sueco tem conhecimento do caso e que as autoridades chinesas se comprometeram a partilhar informação.

"O ministério dos Negócios Estrangeiros está a trabalhar 24 horas por dia nesta questão", disse.

A suspeita de que Gui e os seus funcionários foram detidos por homens ao serviço das autoridades chinesas, entre 2015 e 2016, desencadeou uma onda de revolta e preocupação em Hong Kong, por constituir uma flagrante violação do princípio "Um país, dois sistemas".

De acordo com esta fórmula, as políticas socialistas em vigor no resto da China não se aplicam em Hong Kong e Macau, (exceto nas áreas da Defesa e Relações Externas, que são da competência do governo central chinês) e os dois territórios gozam de "um alto grau de autonomia".

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