Guatemala emite mandado de prisão para político suspeito de corrupção
As autoridades da Guatemala emitiram no sábado um mandado de prisão sobre o ex-candidato presidencial Manuel Baldizón, suspeito de envolvimento no caso Odebrecht, detido quando tentava entrar nos Estados Unidos da América (EUA), foi hoje anunciado.
© Reuters
Mundo Casos
Após a detenção de quatro pessoas com ligações ao ex-candidato, o Ministério Público (MP) e a Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala (CICIG) explicaram hoje que Baldizón tentou entrar em território dos EUA "sem autorização legal", razão pela qual foi detido e está sob a custódia das autoridades de imigração norte-americanas, que o irão deportar "no menor tempo" possível.
Segundo a agência de notícias espanhola EFE, assim que Baldizón for devolvido à Guatemala pelos EUA, o candidato que liderou as sondagens nas eleições de 2015 e que ficou em segundo lugar na segunda volta das eleições de 2011, será preso, pois está acusado de associação ilícita, corrupção passiva e lavagem de dinheiro ou outros ativos.
As autoridades não especificaram se Baldizón saiu da Guatemala para os EUA ou de outro país.
No mesmo processo, e com base numa "extensão do mandado de detenção", foi também emitida ordem de prisão contra o ex-candidato presidencial Alejandro Sinibaldi, adversário de Baldizón em 2015, da plataforma do Partido Patriot, que levou ao poder a dupla Otto Pérez e Roxana Baldetti, hoje presos por corrupção.
Nas buscas de sábado, as autoridades tentaram encontrar o farmacêutico Carlos Antonio Batres Gil, que está foragido à justiça.
Também no âmbito da operação do Departamento Central da Guatemala, o advogado de Baldizón, Diego Chacón Yurrita e o empresário Jorge Eduardo Antillón Klüssmann, foram presos, acusados dos crimes de associação ilícita e lavagem de dinheiro ou outros bens.
Por estes mesmos crimes e no âmbito da investigação ao caso Odebrecht, as autoridades anunciaram que quatro outras pessoas serão ouvidas: Juan Arturo Jagerlehner Morales, Juan Ignacio Florido, Pablo Mauricio Yanes Guerra e Axel Antonio Arauz Monzón.
De acordo com um relatório do Departamento de Justiça dos EUA, a Odebrecht, empresa brasileira de construção civil, pagou 788 milhões de dólares em subornos em cerca de 12 países da América Latina, incluindo a Guatemala, onde deu 18 milhões de dólares a funcionários, entre 2013 e 2015.´
Este período corresponde ao governo do ex-presidente Otto Pérez Molina, que teve como um dos ministros Alejandro Sinibaldi, que continua em fuga por ligações a outro caso de corrupção.
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