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Brexit? Reino Unido poderia conseguir um acordo comercial "especial"

O Presidente da França sugeriu que o Reino Unido poderia chegar a um acordo comercial "especial" com a União Europeia (UE) após o 'Brexit', numa entrevista a transmitir no domingo pela BBC, que avançou hoje com alguns excertos.

Brexit? Reino Unido poderia conseguir um acordo comercial "especial"
Notícias ao Minuto

12:21 - 20/01/18 por Lusa

Mundo Macron

Emmanuel Macron realizou, na quinta-feira, a sua primeira visita oficial ao Reino Unido, onde se encontrou com primeira-ministra britânica, Theresa May, com quem optou por fortalecer os laços de defesa e segurança, apesar da futura saída dos britânicos da UE ('Brexit').

Na sua entrevista à BBC, Macron afirmou que o Reino Unido poderia forjar um acordo "especial" com a UE nas negociações que mantém com Bruxelas, embora tenha avisado que os britânicos não terão acesso pleno ao mercado único se não aceitarem as "condições" do bloco.

Estas condições incluem a livre circulação de trabalhadores, contribuições para o orçamento comunitário e a jurisdição do Tribunal Europeu de Justiça.

"Esta solução especial deve ser consistente com a preservação do mercado único e os nossos interesses coletivos", disse Macron, acrescentando que o Reino Unido "deve entender que não pode, por definição, ter pleno acesso ao mercado único se não cumprir as regras".

O político considerou que o acordo negociado entre as partes poderia estar "talvez entre este acesso completo (ao mercado único) e um acordo comercial".

Em consonância com as advertências de Bruxelas, o líder francês alertou Londres que, uma vez fora da UE, não poderá escolher os elementos que lhe são adequados do bloco sem cumprir as regras a que se submetem os Estados-Membros.

Macron também admitiu que "adoraria" receber o Reino Unido de volta à UE, deixando a porta aberta para que o 'Brexit' possa ser revertido e insistiu que, sem os britânicos, os vinte e sete ficarão "descontentes".

Questionado se a futura saída britânica - prevista para março de 2019 - é inevitável, o Presidente respondeu: "Depende de vós (britânicos), quero dizer, eu respeito a votação (referindo-se ao referendo de 23 de junho de 2016), lamento essa votação e eu adoraria dar-vos novamente boas-vindas".

Macron também esclareceu que o seu país não cederá ao pedido britânico para que o setor de serviços financeiros seja "coberto" por um acordo comercial, após a sua reunião com Theresa May.

Nesse sentido, o político francês já indicou, há dois dias, à primeira-ministra que Londres deveria contribuir com o orçamento da comunidade para que o seu centro financeiro, a City, tenha acesso ao mercado único após o 'Brexit'.

"Há uma concorrência entre diferentes países" para atrair as empresas de serviços financeiros no futuro e a França "quer atrair a máxima atividade", disse Macron.

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