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Autoridades desmantelam rede de imigração ilegal de iraquianos

A Polícia e a Guarda Civil espanholas desmantelaram uma rede de imigração ilegal de cidadãos iraquianos, que eram transportados em camiões frigoríficos para o Reino Unido a partir de outros países europeus, anunciaram hoje as autoridades.

Autoridades desmantelam rede de imigração ilegal de iraquianos
Notícias ao Minuto

12:40 - 19/01/18 por Lusa

Mundo Espanha

A operação, que decorreu com a colaboração da Europol, resultou na detenção de seis pessoas, das quais cinco em Valência -- entre elas o principal líder do grupo -- e uma em Bilbau.

O cabecilha, um iraquiano nacionalizado espanhol, organizava a circulação dos imigrantes por diferentes países da União Europeia, enquanto os restantes membros da organização atuavam de forma itinerante.

Por esta "transferência", os imigrantes pagavam entre três mil e dez mil euros por pessoa, em função da modalidade de introdução e do risco para a integridade física.

As investigações começaram em fevereiro do ano passado quando foram descobertos numa área de serviço de Ferreruela de Huerva, província de Teruel, seis imigrantes iraquianos, dos quais quatro menores e da mesma família, dentro de um camião frigorífico que transportava mercadorias com destino ao Reino Unido.

No mesmo dia foram descobertos mais dois cidadãos iraquianos, também num camião frigorífico, em Chiva (Valência) e, no mês seguinte, apareceram oito imigrantes da mesma nacionalidade, quatro deles crianças, no interior de outro camião do mesmo tipo numa área de serviço em Villafranca del Campo (Teruel).

Foram as próprias pessoas transportadas no interior dos reboques frigoríficos que alertaram os serviços de urgência, porque receavam morrer de frio.

A rede operava através do corredor Cantábrico-Mediterrâneo até portos do norte de Espanha como Santurce e Santander, e também através de portos e passagens fronteiriças do norte de França, como Calais e Dunkerque.

Os detidos introduziam grupos de seis a oito pessoas, geralmente famílias com crianças, incluindo bebés de poucos meses, dentro dos camiões. Para tal, aproveitavam o descanso noturno do condutor para, sem que ele se apercebesse, os introduzir no interior do reboque.

Depois, voltavam a colocar a carga do camião -- que era, geralmente, de verduras -- e acondicionavam um pequeno espaço em que se ocultavam as pessoas traficadas.

O tempo de permanência no interior do camião rondava entre as 30 e as 40 horas, normalmente em veículos frigoríficos a temperaturas que não superavam os quatro graus centígrados.

A organização tinha consciência do risco que representava este tipo de viagens, pelo que atuava, segundo as forças de segurança, com absoluto desprezo pela vida e integridade das pessoas.

Na operação para desmantelar esta rede, a Polícia e a Guarda Civil criou uma equipa conjunta de trabalho, que foi coordenada pelo Centro de Inteligência e contra o Terrorismo e o Crime Organizado.

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