POUPANÇA NO MINUTO
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Em 15 anos, este funcionário trabalhou apenas 18 meses
O Conselho Provincial de Alicante não o considera apto para trabalhar, mas a Segurança Social negou-lhe três vezes a incapacidade laboral permanente.
© Getty Images
Mundo Espanha
Para a maioria das pessoas pode parecer apenas descaramento, mas para outros trata-se de um trabalhador muito doente.
Um auxiliar de enfermagem de um hospital psiquiátrico de Alicante, Espanha, chamou a atenção mediática nos últimos dias depois de revelar que acumulou 4.453 dias de baixa entre 2001 e 2016. Ou seja, 12 anos e dois meses, de um total de 15 anos, em que não foi trabalhar.
Na história contada pelo El País, a realidade é que este trabalhador público passou pouco mais de um ano e meio a trabalhar, pois os dias de baixa juntaram-se aos dias de férias que tem por direito. A coordenação de baixas e férias que fez, numa espiral que parece não ter fim, apesar de parecer insólita, é completamente legal. O Conselho Provincial de Alicante não o considera apto para trabalhar, mas a Segurança Social negou-lhe três vezes a incapacidade laboral permanente.
O homem alega ter uma doenças, não tornada pública, que o impede de desempenhar as suas funções. A sua identidade não é revelada, ao abrigo da Lei de Proteção de Dados. Os seus médicos passaram-lhe baixas, que em sete ocasiões tiveram um ano de duração e outras três arrastaram-se até um ano e meio.
E mesmo depois de tentarem abrir um processo disciplinar ao funcionário, este acabou sempre por vencer. Uma das vezes, depois de a baixa que apresentou ter sido negada pela Segurança Social, este alegou que não foi notificado corretamente e que por isso não foi trabalhar, como era suposto, tendo a sua defesa sido considerada válida.
O homem teve alta, mas não se pode dizer que esteja a trabalhar. Tem de se apresentar uma vez por semana, durante meia hora, para consultar um médico no departamento de saúde do hospital. No entretanto, continua a receber o salário por inteiro: 1.500 euros por mês.
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