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Moscovo compreende cólera dos palestinianos face a Trump

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, disse hoje compreender as declarações do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, no domingo, considerando as promessas de paz de Donald Trump como "a bofetada do século".

Moscovo compreende cólera dos palestinianos face a Trump
Notícias ao Minuto

12:12 - 15/01/18 por Lusa

Mundo Trump

"Compreendemos perfeitamente o que os palestinianos sentem atualmente. Eles fizeram concessões unilaterais durante os últimos anos, uma após outra, sem nada receber em troca", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo numa conferência de imprensa.

"Ao longo dos últimos meses, disseram-nos que os Estados Unidos estavam prestes a anunciar um grande acordo que (...) ia satisfazer todos", adiantou, precisando nada ter visto ou ouvido "que vá nesse sentido".

Ao entrar na Casa Branca, o Presidente Donald Trump prometeu alcançar o objetivo da paz no Médio Oriente, mas a 6 de dezembro reconheceu Jerusalém como capital de Israel contra a opinião da maioria da comunidade internacional e face à oposição dos palestinianos, provocando manifestações violentas na região.

As promessas de paz de Trump transformaram-se na "bofetada do século", resumiu Mahmud Abbas no domingo, numa reunião dos dirigentes da Organização de Libertação da Palestina (OLP) em Ramallah.

A Rússia, que segundo Lavrov está disposta a acolher discussões diretas entre israelitas e palestinianos, também lamentou aquela decisão do Presidente norte-americano.

As hipóteses de recomeço de um diálogo direto entre os dois lados "estão próximas do zero na situação atual", lamentou o ministro russo, indicando desejar "consultar num futuro próximo os parceiros do Quarteto" para o Médio Oriente, que integra a União Europeia, as Nações Unidas e os Estados Unidos.

Encontrando-se o processo de paz israelo-palestiniano num impasse desde 2014, teme-se que a decisão de Trump signifique que os Estados Unidos passarão a ratificar a colonização e a anexação de territórios palestinianos por Israel, o que tornaria impossível a criação de um Estado palestiniano viável.

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