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Venezuela: Governo e oposição marcam reunião para 18 de janeiro

O Governo venezuelano e a oposição marcaram no sábado nova reunião para 18 de janeiro, em Santo Domingo na República Dominicana, para tentarem alcançar uma solução para a crise no país.

Venezuela: Governo e oposição marcam reunião para 18 de janeiro
Notícias ao Minuto

03:22 - 14/01/18 por Lusa

Mundo Venezuela

A decisão foi tomada após três dias contínuos de negociações nas quais, segundo a imprensa local, se chegaram a acordos parciais nalguns pontos, não revelados, mas sem um acordo propriamente dito.

"Nada está acordado até que tudo esteja acordado", disse o Presidente da República Dominicana, Danilo Medina, em curtas declarações aos jornalistas à margem das negociações, que classificou no sábado como de sucesso e produtivas.

Medina explicou que ficaram pendentes alguns pontos da agenda e que as conversações "procuram uma saída estável, pacífica e democrática" para a crise político-económica venezuelana.

Apesar de nenhuma das partes ter informado quais os pontos de divergência foram, no entanto, otimistas, quer do lado do Governo venezuelano quer da oposição.

As reuniões de diálogo entre Governo e a oposição decorrem desde setembro na República Dominicana, com a participação dos ministros dos Negócios Estrangeiros do México e Chile, Bolívia, Nicarágua e São Vicente e Granadinas.

O Governo venezuelano espera chegar a um acordo que permita acabar com a alegada "guerra económica no país" e leve à suspensão das sanções que os Estados Unidos e a Europa aplicaram contra altos funcionários de Caracas, enquanto a oposição vai insistir em conseguir garantias para a apresentação de candidatos às próximas eleições presidenciais, previstas para 2019.

O regime espera ainda debater a soberania venezuelana e a alegada ingerência estrangeira em assuntos políticos e económicos venezuelanos. Sobre a mesa está também a criação de uma comissão de justiça e verdade sobre a violência no país.

Esta comissão seria convocada pela Assembleia Constituinte, que a oposição considera ilegal.

O Governo pretende ainda que a Assembleia Nacional (parlamento, onde a oposição detém a maioria), aceite várias sentenças do Supremo Tribunal de Justiça, enquanto que a oposição insiste que a Assembleia foi legitimamente eleita e deve ser reconhecida como tal pelo regime.

A oposição espera chegar a um acordo que permita libertar os presos políticos venezuelanos e que o Governo aceda à abertura de um canal humanitário para a entrada de alimentos e medicamentos no país.

Em finais de dezembro o Governo venezuelano anunciou a libertação de seis dezenas de presos políticos, entre eles três luso-descendentes.

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