"Eu vou entrar nas discussões que se iniciam com otimismo, mesmo quando tenho consciência do trabalho enorme que nos espera", comentou a chanceler conservadora, em Berlim, referindo-se às conversações que podem durar seis dias.
Nas eleições legislativas de setembro, marcadas pela vitória da CDU, um avanço da extrema-direita e um recuo dos partidos estabelecidos, não houve uma maioria clara na Câmara dos Deputados.
A chanceler democrata-cristã tentou formar, sem sucesso, uma coligação com os liberais e ecologistas, pelo que resta apenas uma fórmula para formar maioria: uma aliança com o SPD.
"Nós devemos chegar a acordo", declarou também à chegada ao encontro o presidente do partido conservador da Baviera CSU, aliado de Merkel, Horst Seehofer.
Merkel tem dito que os seus democratas-cristãos (CDU) querem apenas negociar uma "grande coligação", como aquela que lhe permitiu governar a Alemanha desde 2013, mas Martin Schulz tem sublinhado que outras opções, como o apoio do seu SPD a um Governo conservador minoritário, devem manter-se sobre a mesa.
Se não conseguirem chegar a acordo, a Alemanha poderá ter de avançar para novas eleições legislativas, o que poderá beneficiar o partido de extrema-direita AfD.
A chanceler, que já disse preferir novas eleições a um Governo minoritário, falhou em novembro um acordo com os ecologistas e os liberais.
O país é atualmente dirigido por um executivo encarregado de gerir os assuntos correntes, com a chanceler conservadora como líder.