Tal como está a acontecer com o Exército, que se encontra a encerrar instalações militares, a CIA conta reduzir metade das bases no Afeganistão, passando de 12 para seis, referem as fontes do Washington Post que pediram anonimato.
“A presença prevista diz respeito a seis bases e alguns postos de satélite” disse ao jornal um antigo membro da CIA, sendo que a maioria dos agentes que se encontravam destacados nas bases secretas vão ser distribuídos pelas bases de Cabul, Bagram e Kandahar, no sul, Mazar-i-Sharif, no norte, Jalalabad, no leste, e Herat, na região oeste do Afeganistão.
Segundo o Washington Post, a CIA utiliza a base de Jalalabad para operar os aviões não tripulados (drones) contra as zonas tribais no Paquistão onde se verifica o apoio mais efetivo às células da rede terrorista Al Qaeda, na região da fronteira.
No total, as forças norte-americanas no Afeganistão devem passar dos 66 mil efetivos para 32 mil militares até ao mês de fevereiro de 2014.
Os Estados Unidos contam manter 10 mil homens para missões de formação do Exército afegão e para operações antiterroristas, apesar das negociações com o governo afegão sobre este assunto se encontrarem bloqueadas desde junho.
A redução do contingente da CIA está enquadrada no programa de redução total de efetivos, até porque, escreve o jornal, a atividade no país é considerada “desproporcionada” já que as atividades da Al Qaeda no Afeganistão baixaram de intensidade no país, estando nesta altura mais implantada no Paquistão.
O diretor da CIA John Brennan quer voltar a centrar a agência nas missões tradicionais de recolha de informações, após uma década de envolvimento na guerra contra o terrorismo no Iraque e no Afeganistão.
Responsáveis americanos citados pelo Washington Post não especificaram se vai encerrar a base de Khost, na região este do país, onde sete agentes envolvidos na missão de captura de Bin Laden morreram, vítimas de um atentado suicida em 2007.