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Islândia é o primeiro país a proibir desigualdade salarial entre sexos

Empresas passam a ser obrigadas a apresentar um documento que prove que pagam o mesmo salário a homens e mulheres que desempenhem as mesmas funções. Islândia pretende erradicar a desigualdade de género até 2022

Islândia é o primeiro país a proibir desigualdade salarial entre sexos
Notícias ao Minuto

16:50 - 03/01/18 por Pedro Bastos Reis

Mundo Igualdade

Com a entrada de 2018, a Islândia tornou-se no primeiro país do mundo a proibir o pagamento de salários diferentes a homens e mulheres que desempenhem as mesmas funções.

A partir de agora, de acordo com a nova legislação, empresas com mais de 25 trabalhadores têm de apresentar um documento oficial que comprove a igualdade salarial entre homens e mulheres. Se não a cumprirem, são multados pelo Estado.

A nova lei, que contou com um largo consenso no parlamento, entrou em vigor na segunda-feira, primeiro dia do ano, e faz parte do pacote de medidas de Reiquejavique para erradicar a desigualdade de género até 2022.

Com esta medida histórica, a Islândia volta a assumir-se como um exemplo no combate contra a desigualdade entre géneros.

De acordo com o Fórum Económico Mundial, a Islândia surge em primeiro lugar no índice em termos de igualdade de género. Portugal, por outro lado, surge na 33ª posição. No nosso país, segundo a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, em 2015, a desigualdade salarial é de 16,7% .

Apesar dos bons resultados, a Islândia quer ir mais longe e pretende erradicar a desigualdade entre sexos nos próximos quatro anos, um dos grandes objetivos da primeira-ministra, Katrin Jakobsdottir. A título de exemplo, o parlamento islandês é composto por 38% de mulheres.

A medida que entrou em vigor dia 1 de janeiro tem recebido rasgados elogios e muitos ativistas e investigadores congratularam-se com a mesma. “A nova lei da Islândia pode ajudar a mudar atitudes relativamente às mulheres no trabalho e na polícia, e pode inspirar outros países a fazer o mesmo”, afirmou Virginie Le Masson, investigadora no Overseas Development Institute, à Reuters.

“Há inúmeras evidências de que as mulheres trabalharam tanto quanto os homens e que mesmo assim recebem menos”, acrescentou.

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