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Imprensa oficial chinesa descarta revolução no Irão apesar de protestos

O jornal oficial do Partido Comunista Chinês (PCC) afirmou hoje, em editorial, não existir o perigo de "uma revolução" no Irão, apesar das manifestações que ocorrem desde 28 de dezembro terem causado já 21 mortos.

Imprensa oficial chinesa descarta revolução no Irão apesar de protestos
Notícias ao Minuto

06:54 - 03/01/18 por Lusa

Mundo PCC

O Diário do Povo garantiu que o governo iraniano tem uma "capacidade monumental" para controlar a situação e lembrou que as atuais manifestações têm menor dimensão do que outras ocorridas no passado.

"Em 2009, três milhões de pessoas a protestar nas ruas de Teerão não conseguiram sequer abalar o governo. Agora há talvez menos de 3.000 pessoas. O que é que eles podem fazer", questinou o jornal.

Sobre os mesmos protestos, um outro jornal do grupo do Diário do Povo escreveu que os países não têm que seguir todos o mesmo modelo político.

"Não cabe ao Ocidente decidir quais são os melhores sistemas de governação", afirmou o Global Times em editorial.

"O padrão estabelecido pelo Ocidente provoca apenas sangue e dor e não é do interesse geral dos povos nos países em desenvolvimento", acrescentou.

As manifestações iniciaram-se a 28 de dezembro em Machhad, no nordeste do país, em protesto contra as dificuldades económicas e o regime, e propagaram-se rapidamente a outras zonas do país. De acordo com a televisão estatal iraniana, já morreram 21 pessoas e mais de 450 foram detidas.

O Irão é um aliado estratégico das China na expansão dos seus interesses além-fronteiras através do gigantesco projeto de infraestruturas "Nova Rota da Seda", que visa ligar a China aos restantes países da Ásia, Europa e África, através de portos, estradas, redes ferroviárias e aeroportos.

Apesar de a China ter aderido há duas décadas à economia de mercado, abandonando o sistema de planificação central dos Estados socialistas, o "papel dirigente" do PCC continua a ser "um princípio cardeal".

O governo chinês garante que nunca copiará um sistema político ocidental e rejeita a noção tradicional de direitos humanos definida na Declaração Universal e Constituições dos países ocidentais.

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