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EUA violaram tratados com venda sistema antimíssil ao Japão, diz Rússia

O vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, acusou hoje os EUA de terem violado um importante tratado de armamento com a venda de um sistema antimíssil ao Japão.

EUA violaram tratados com venda sistema antimíssil ao Japão, diz Rússia
Notícias ao Minuto

16:05 - 30/12/17 por Lusa

Mundo Tensão

"Os Estados Unidos espalham [os sistemas de defesa de mísseis] pelas suas bases militares na Roménia e na Polónia, perto das nossas fronteiras ocidentais, o que vai contra o tratado INF (Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio) de 1987, que proíbe a implantação de tais sistemas em terra ", disse Ryabkov, num comunicado publicado no 'site' do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

"O facto de esses sistemas poderem agora aparecer nas fronteiras orientais da Rússia cria uma situação que nós não podemos ignorar na nossa planificação militar", disse Ryabkov.

Na quinta-feira, a porta-voz do ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, disse que a implantação de um sistema de defesa antimíssil norte-americano pelo Japão teria um impacto negativo nas relações entre Tóquio e Moscovo.

"Consideramos o gesto cometido pelo Japão como contra os esforços para garantir a paz e a estabilidade na região", disse Maria Zakharova, acrescentando que Moscovo expressou "profundo lamento e preocupação séria" em relação à situação.

A 19 de dezembro, o governo japonês aprovou a instalação de dois sistemas terrestres de defesa de mísseis norte-americanos 'Aegis Ashore', para defender o país contra as ameaças crescentes dos ataques norte-coreanos.

O Japão planeia aumentar o seu orçamento militar no próximo ano para fortalecer sua defesa antimíssil contra a ameaça representada pela Coreia do Norte, incluindo a instalação do sistema 'Aegis Ashore'.

No início de dezembro, o ministro japonês do Exército, Itsunori Onodera, tinha falado sobre o plano de adquirir mísseis de longo alcance dos EUA (900 quilómetros) a empresas norte-americanas.

Esta posição é controversa, uma vez que a constituição japonesa proíbe o uso da força como forma de resolver crises internacionais.

Depois do lançamento de um míssil sobre a ilha de Hokkaido, em setembro, pela Coreia do Norte, o primeiro-ministro Shinzo Abe disse que "nunca toleraria a ação provocatória e perigosa" da Coreia do Norte e instou a comunidade internacional a aumentar a pressão sobre Pyongyang.

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