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Dhlakama denuncia reativação de esquadrões da morte em Moçambique

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, denunciou hoje a reativação de esquadrões da morte, com o aparecimento de novos casos de raptos e assassinatos e a descoberta de corpos ao abandono no centro de Moçambique.

Dhlakama denuncia reativação de esquadrões da morte em Moçambique
Notícias ao Minuto

19:27 - 26/12/17 por Lusa

Mundo Renamo

Em declarações á Lusa, o presidente do principal partido da oposição em Moçambique, disse que durante as últimas duas semanas, pelos menos oito corpos, de pessoas raptadas e assassinadas, foram encontrados ao abandono nos distritos de Cheringoma e Gorongosa (Sofala) e Muda Serração (Gondola, Manica), em zonas de larga influência da Renamo.

"Já começam aqui em Sofala e Manica a serem apanhados corpos de pessoas desconhecidas ao abandono, o que significa que o Estado Moçambicano, o Governo da Frelimo está a reativar os esquadrões da morte" afirmou á Lusa Afonso Dhlakama, em entrevista telefónica a partir da Gorongosa, onde está escondido há dois anos.

Dhlakama disse que a 23 de dezembro, a 10 quilómetros do quartel estatal em Nhamitanga, distrito de Cheringoma, a população seguiu rastos de viaturas e botas militares numa mata e descobriu três corpos abandonados.

Na semana passada, em Nhamapadza, numa zona limítrofe entre Maringue e Gorongosa (Sofala), prosseguiu Afonso Dhlakama, também foram descobertos três corpos ao abandono numa mata.

Há duas semanas, continuou, outros dois corpos foram descobertos por populares numa mata próxima a uma zona residencial, onde durante o auge do conflito politico militar em 2016, membros da Renamo foram raptados e assassinados.

"Ora isto é aquilo que tínhamos no ano passado, a mesma perseguição política que foi desencadeada com raptos e assassinatos" disse Afonso Dhlakama, lembrado que declarou uma trégua há um ano para "parar com raptos e assassinatos", além de ataques a viaturas civis e militares e edifícios públicos.

Centena de corpos foram encontrados ao abandonados em várias regiões do país durante o conflito politico militar em 2016, com a Renamo e o Governo a se acusarem mutuamente sobre os raptos e assassinatos dos seus membros.

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