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"O governo de Espanha oferece a sua colaboração e diálogo dentro da lei"

Primeiro-ministro espanhol reagiu às eleições regionais de quinta-feira, que deram a vitória ao Ciudadanos mas que demonstraram a maioria independentista na Catalunha. Rajoy recusou um encontro com Puigdemont e insistiu na importância de "respeitar a lei".

"O governo de Espanha oferece a sua colaboração e diálogo dentro da lei"
Notícias ao Minuto

13:13 - 22/12/17 por Pedro Bastos Reis

Mundo Mariano Rajoy

No rescaldo das eleições regionais de quinta-feira, o primeiro-ministro de Espanha, Mariano Rajoy, falou, pela primeira vez em algum tempo, na importância do diálogo, manifestando a intenção de dialogar com o futuro governo da Catalunha desde que este seja "realista". "O governo de Espanha quer oferecer a sua colaboração e vontade de diálogo construtivo, aberto e realista, dentro da lei, ao governo que seja constituído na Catalunha para resolver os problemas dos catalães". 

No entanto, Rajoy deixou o aviso: "espero que haja um governo que abandone as decisões unilaterais". 

O primeiro-ministro espanhol felicitou Inés Arrimadas pela vitória, e sublinhou que "quem queria a mudança não conseguiu levar o propósito a bom termo". Além disso, referiu que os independentistas "estão a perder apoio". "Os independentistas perderam apoios, menos do que queríamos, mas continuam a perder apoios". 

Questionado sobre o desafio de Carles Puigdemont para um encontro fora de Espanha, Rajoy foi perentório: "Tenho de me sentar com quem ganhou as eleições, que foi Inés Arrimadas". E se o presidente do governo catalão vier a ser mesmo Puigdemont? "Tenho de me sentar à mesa com quem exercer a presidência da Generalitat", insistiu.

Depois de rejeitar o encontro com Puigdemont, Rajoy sublinhou a importância da “lei e da constituição”, e realçou o princípio da separação de poderes no que diz respeito aos dirigentes destituídos da Generalitat que estão detidos.

“A situação processual não depende, em absoluto, da votação de ontem. Somos nós, os políticos, que nos devemos submeter à justiça. Os políticos é que se devem submeter à justiça, como qualquer outro cidadão”, disse. “Não aceitarei que se salte a constituição espanhola e a lei”, rematou.

Relativamente à aplicação do artigo 155, Mariano Rajoy não entrou em muitos pormenores, optando por realçar que este foi aplicado de forma “consensual”. "O artigo 155 foi aplicado como deveria ter sido. Não se aplicou quando o governo catalão tomou a primeira das suas posições. Fomos prudentes”, justificou. Mais tarde, admitiu que "quando houver um novo governo na Catalunha deixa-se de aplicar o artigo 155".

Horas antes do discurso, Mariano Rajoy presidiu a um conselho de ministros, bem como a uma reunião extraordinária do comité central do Partido Popular. O chefe de gabinete de Rajoy, Jorge Moragas, apresentou, entretanto, a sua demissão

No que diz respeito a esta demissão, o primeiro-ministro espanhol preferiu desvalorizar e pediu para que não se criasse especulação à volta do caso. "Não procurem nenhuma motivação de tipo político. Já há algum tempo que falávamos disso e tínhamos a saída planeada. Ele queria mudar a sua vida", elucidou. 

Nas eleições regionais de ontem, o Ciudadanos foi o partido mais votado, tendo elegido 37 deputados. No entanto, o bloco independentista saiu maioritário e deverá formar governo. 

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