Em entrevista ao site G1, o general do exército brasileiro, José Carlos dos Santos, admite que o Centro de Defesa Cibernética (CDCiber) está a usar um software capaz de filtrar conteúdos e perfis que pareçam suspeitos de vir a originar confrontos nas redes sociais brasileiras. Segundo o site, o objectivo é filtrar “informações de interesse para a segurança pública”.
Esta medida já foi usada durante a Taça das Confederações mas vai ser agora reforçada com a visita do Papa Francisco ao Rio de Janeiro, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude, que começa esta segunda-feira.
Entre os conteúdos procurados pelo exército brasileiro estão publicações que ensinem a fazer cocktails molotov, a usar spray pimenta ou mesmo a incitar à resistência face à polícia. Contudo, disse o responsável, apenas estão a ser controlados os conteúdos públicos, ficando de fora das ordem do exército a procura em mensagens privadas ou chats.
Também de fora estão as contas de correio electrónico e as chamadas telefónicas. “As informações foram colhidas de fonte aberta, ou seja, não houve nenhum contacto com prestadores de serviços nessa área, nenhum contacto com servidores de email ou com companhias telefónicas”, frisou o general José Carlos dos Santos.