Mais um congressista a renunciar por acusações de assédio sexual
O congressista norte-americano do Partido Democrata eleito pelo estado do Nevada Ruben Kihuen anunciou hoje que não se vai recandidatar ao lugar, depois de confrontado com várias acusações de assédio sexual, adiantou a EFE.
© Reuters
Mundo Ruben Kihuen
Kihuen é o mais recente alvo da polémica em torno das denúncias de assédio sexual que chegou também ao Congresso dos Estados Unidos.
Duas mulheres, uma ex-membro da sua campanha e uma lobista do estado do Nevada, segundo a EFE, acusaram o congressista de assédio sexual quando era candidato ao cargo e durante o seu mandato como legislador estadual.
"Quero voltar a afirmar claramente que nego as acusações em questão", disse Kihuen numa declaração citada pela agência EFE.
"No entanto, as acusações que surgiram seriam uma distração de uma discussão justa e exaustiva dos temas nesta campanha de reeleição. Por isso, o maior interessa da minha família e dos meus eleitores é completar o meu mandato no Congresso e não tentar a reeleição", acrescentou.
Na sexta-feira, o Comité de Ética da Câmara dos Representantes anunciou que iria abrir uma investigação às referidas acusações, tendo o democrata mostrado disponibilidade para "cooperar plenamente" com a investigação.
Kihuen junta-se a outros membros do Congresso norte-americano que renunciaram ao cargo ou anunciaram que não voltariam a apresentar-se a eleições depois de revelados vários escândalos de assédio sexual: os democratas John Conyers e Al Franken e os republicanos Trent Franks e Blake Farenthold.
Kihuen nasceu no México, em Guadalajara, tem 37 anos e era visto como uma estrela em ascensão no Partido Democrata e uma voz defensora dos imigrantes.
Também o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é alvo de acusações semelhantes, que motivaram um grupo de 59 congressistas democratas a solicitar a abertura de uma investigação na Câmara Baixa para apurar a veracidade das acusações de assédio sexual de várias mulheres, referentes a situações ocorridas antes de ser eleito presidente.
Em carta dirigida ao Presidente do Comité de Supervisão da Câmara dos Representantes, o republicano Trey Gowdy, e ao representante democrata Elijah Cummings, as congressistas pediram um inquérito, por considerarem que os "norte-americanos merecem" conhecer "a verdade das acusações".
O anúncio do pedido de investigação surgiu apenas um dia depois de três das 16 mulheres que acusaram Donald Trump de assédio sexual durante a campanha eleitoral do ano passado lamentarem, em conferência de imprensa, em Nova Iorque, que o então candidato a Presidente dos Estados Unidos não ter sido confrontado por qualquer consequência das suas ações.
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