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Reconhecimento dos Direitos Humanos "está longe de ser universal"

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse hoje num evento em Nova Iorque que assinala o Dia dos Direitos Humanos que o reconhecimento da dignidade humana e igualdade de direitos "ainda está longe de ser universal."

Reconhecimento dos Direitos Humanos "está longe de ser universal"
Notícias ao Minuto

22:10 - 11/12/17 por Lusa

Mundo António Guterres

"Milhões de pessoas continuam a sofrer violações de Direitos Humanos e abusos à volta do mundo. Defensores de Direitos Humanos ainda enfrentam perseguições, as represálias estão a aumentar e o espaço para a ação da sociedade civil está a diminuir em muitas nações", declarou Guterres.

O antigo primeiro-ministro português participava num evento que dá início às celebrações do 70.º aniversário da adoção da Declaração Universal dos Direitos do Homem, que vão ocorrer durante todo o ano de 2018.

Em sete décadas, "este documento poderoso ajudou a transformar o mundo profundamente", disse Guterres, sublinhando o caráter universal da declaração.

"Independentemente de onde vivas, de quais sejam as tuas circunstâncias ou lugar na sociedade, o teu género ou orientação sexual, raça ou religião ou crença, todos somos iguais em Direitos Humanos e dignidade. Deixem-me enfatizar este ponto: os Direitos Humanos não são condicionados por qualquer tradição, cultura ou crença", acrescentou.

Dizendo que "todos temos um papel a desempenhar", Guterres fez depois um compromisso, pedindo a todos os presentes que se juntassem a ele.

"Vou respeitar os teus direitos, independentemente de que quem sejas. Vou defender os teus direitos mesmo quando discordar de ti. Quando os Direitos Humanos de alguém são negados, os direitos de todos saem enfraquecido, por isso vou erguer-me. Vou levantar a minha voz. Vou usar os meus direitos para defender os teus direitos", garantiu o secretário-geral.

Em jeito de balanço, Guterres disse ainda que "havia muito para celebrar" nos últimos 70 anos.

"A humanidade alcançou um progresso considerável. Pessoas em todo o mundo ganharam progressivamente mais liberdade e igualdade. Foram capacitadas para enfrentarem discriminação, lutarem pelas suas proteções e ganharem mais acessos à Justiça, Saúde, Educação e oportunidades de desenvolvimento. Condições de profunda miséria económica e exploração foram melhoradas", enunciou Guterres.

O português referiu-se também aos direitos das mulheres, de vítimas de discriminação racial e religiosa, de pessoas com deficiência, às ditaduras que foram derrubadas e aos violadores de Direitos Humanos que foram condenados.

Por tudo isso, defendeu Guterres, temos "de agradecer a uma geração de líderes mundiais que emergiram da Guerra mundial convencidos de que apenas a justiça traria paz entre as nações."

"Temos também de agradecer aos ativistas e defensores dos Direitos Humanos - centenas de milhares de pessoas normais que se mobilizaram em todo o mundo para defender os nossos direitos fundamentais com imensa coragem, frequentemente enfrentando perigo extremo", concluiu.

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