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Após má experiência, alerta para riscos de ser gestante de substituição

Kelly foi barriga de aluguer três vezes. A última experiência não correu bem e a mulher é agora uma voz de alerta para os perigos associados à gestação de substituição.

Após má experiência, alerta para riscos de ser gestante de substituição
Notícias ao Minuto

07:59 - 10/12/17 por Notícias Ao Minuto

Mundo Estados Unidos

Kelly Martínez tinha apenas 20 anos quando foi, pela primeira vez, gestante de substituição de dois meninos, filhos de um casal homossexual francês. Depois disso, voltou a ser barriga de aluguer duas vezes, mas a última gravidez mudou a sua forma de pensar sobre esta solução.

A mulher residente no estado norte-americano da Dacota do Sul deu à luz, em janeiro de 2016, duas crianças que gerou na sequência de um contrato assinado com um casal espanhol.

A troco de 35 mil euros, Kelly Martínez recebeu o material genético que permitiria a um homem e uma mulher de Madrid serem pais. Mas os problemas começaram após a primeira ecografia.

Ao El Mundo, a gestante contou que o casal havia recorrido a um tratamento de seleção de embriões e que ficou surpreendido quando soube que o embrião da menina não havia vingado e que o do menino se havia dividido em dois.

Após terem conhecimento de que Kelly estava grávida de dois meninos gémeos, o pai e a mãe deixaram de mostrar preocupação com as crianças e de perguntar se a gravidez corria bem. A gestante começou então, segundo alega, a criar um vínculo afetivo com os fetos.

A ligação emocional aprofundou-se quando, às 35 semanas de gestação, Kelly foi diagnosticada com pré-eclampsia, colocando em risco a própria vida e a vida dos bebés. Esta circunstância adensou a revolta.

“Algo me dizia que, depois do nascimento, eles iriam rejeitar os bebés”, explicou, acrescentando que o casal madrileno se recusou a pagar os gastos em tratamentos médicos, que ascenderam os 9.500 euros.

É esse valor que ainda hoje reclama, além de se dedicar a alertar outras mulheres de todo o mundo para os riscos associados à gestação de substituição.

“Jamais voltarei a fazê-lo. As crianças são as vítimas em tudo isto. Sofro todos os dias por não saber nada delas. Não me dei conta do vínculo que se cria até ter estado doente no hospital e ter visto que os pais não as queriam”, relatou.

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