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Organização Mundial da Saúde lança observatório das demências

A Organização Mundial de Saúde lançou hoje um Observatório dedicado às demências, anunciado que o número de pessoas com estas doenças vai triplicar nos próximos 30 anos, devendo atingir os 152 milhões em 2050.

Organização Mundial da Saúde lança observatório das demências
Notícias ao Minuto

12:37 - 07/12/17 por Lusa

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"Quase 10 milhões de pessoas desenvolvem demências a cada ano que passa, seis milhões das quais em países com baixos e médios rendimentos", afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Os efeitos em termos de sofrimento são enormes. Isto é um alerta: temos de prestar mais atenção a este crescente desafio e assegurar que as pessoas que vivem com demências, vivam onde viverem, têm os cuidados de que precisam", defendeu.

O custo anual estimado das demências em todo o mundo é de cerca de 700 mil milhões de euros, o que equivale a mais de 1% da riqueza produzida mundialmente.

O custo total inclui gastos com tratamentos médicos, apoio social e ajuda informal (perda de rendimento pelos cuidadores).

Em 2030, os gastos estimados deverão ter mais que duplicado, chegando aos 1,6 biliões de euros, um custo que pode minar o desenvolvimento social e económico e sobrecarregar os serviços sociais e de saúde, incluindo os sistemas de saúde.

Para reunir toda a informação e conseguir mais dados, a OMS lançou hoje uma plataforma online, o Observatório Mundial de Demências, com o objetivo de monitorizar o desenvolvimento e fornecimento de serviços para pessoas com demência e para os cuidadores, tanto entre países como globalmente.

O Observatório irá monitorizar a existência de políticas e planos nacionais, as medidas de redução de riscos e as infraestruturas que fornecessem cuidados e tratamento.

"Este é o primeiro sistema de monitorização mundial de demências com dados completos", disse Tarun Dua, do departamento de Saúde Mental e Dependências da OMS, na apresentação.

"O sistema não só vai permitir perceber os progressos conseguidos, mas também identificar as áreas onde são precisos mais esforços", explicou.

A OMS recolheu, até ao momento, dados sobre 21 países de todos os níveis de rendimento, mas no final do próximo ano já deverá estar a receber informação de 50 países.

Os dados iniciais indicam que uma grande parte dos países que forneceram informação já têm planos nacionais, como, por exemplo, facilitar a participação das pessoas com demência nas atividades da comunidade e acabar com a sua estigmatização.

Para já, o Observatório conclui que 81% dos países que já fornecem dados realizaram campanhas para dar a conhecer a demência e reduzir os riscos, e 71% têm planos de saúde para estas doenças e dão formação a cuidadores.

O Observatório vai permitir a existência de um banco de dados onde as autoridades de saúde e sociais, os profissionais médicos, os investigadores e as organizações da sociedade civil poderão encontrar perfis dos países relativamente às demências, relatórios internacionais, guias das políticas, diretivas quer da prevenção quer do tratamento de demências.

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