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Líbano e Síria criticam Trump e solidarizam-se com palestinianos

O Líbano e a Síria juntaram-se hoje ao coro de críticas ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel anunciado pelo Presidente Donald Trump, manifestando solidariedade com os palestinianos.

Líbano e Síria criticam Trump e solidarizam-se com palestinianos
Notícias ao Minuto

23:41 - 06/12/17 por Lusa

Mundo Jerusalém

O Líbano "rejeita e denuncia esta decisão e anuncia a sua total solidariedade para como o povo palestiniano", afirmou o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri.

O presidente Sírio, Bashar al-Assad, na sua página oficial no Facebook, considerou que "o futuro de Jerusalém não será determinado por um Estado ou um presidente, mas pela sua história, a sua vontade e determinação daqueles que são leais à causa palestiniana".

Esta decisão já mereceu uma série de críticas internacionais e vários países, como França, Reino Unido, China ou Portugal, manifestaram receios pelas consequências, nomeadamente uma escalada da violência.

Para o chefe do Governo italiano, "Jerusalém é uma Cidade Santa, única no mundo" e o seu futuro "deverá ser definido no âmbito de um processo de paz entre dois Estados, Israel e Palestina".

O porta-voz do governo da Jordânia, Mohammed Moumenié, disse que a decisão de Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e de transferir a embaixada dos Estados Unidos de Telavive para a cidade "constitui uma violação das decisões de Direito internacional e da carta das Nações Unidas".

Numa intervenção em Washington, Donald Trump reconheceu hoje Jerusalém como capital de Israel, afirmando que "há muito que já deveria ter sido tomada" esta decisão.

Trump também anunciou que vai dar ordens ao Departamento de Estado para mudar a embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém.

O Presidente dos EUA disse que continua a defender uma solução de "dois Estados" naquela região - Palestina e Israel - e disse que "tudo fará para promover uma solução pacífica".

Trump também pediu calma e tolerância na sequência do seu anúncio, e indicou que o seu vice-presidente, Mike Pence, se desloca ao Médio Oriente "nos próximos dias".

"Hoje apelamos à calma, à moderação, e que as vozes da tolerância se sobreponham a quem propaga o ódio", declarou.

Israel considera a Cidade Santa a sua capital "eterna e reunificada", mas os palestinianos defendem pelo contrário que Jerusalém Oriental deve ser a capital do Estado palestiniano ao qual aspiram, num dos principais diferendos que opõem as duas partes em conflito.

Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, em conformidade com o princípio, consagrado em resoluções das Nações Unidas, de que o estatuto de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelitas e palestinianos.

Uma lei norte-americana de 1995 solicitava a Washington a mudança da embaixada para Jerusalém, mas essa medida nunca foi aplicada, porque os presidentes Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama adiaram sua implementação, a cada seis meses, com base em "interesses nacionais".

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