Eurodeputado de extrema-direita acusado de espiar em benefício da Rússia
O eurodeputado húngaro Bela Kovacs, membro do partido de extrema-direita Jobbik, foi hoje acusado de espionagem pela procuradoria da Hungria, que suspeita que tenha agido em benefício da Rússia.
© Reuters
Mundo Hungria
O político, de 57 anos, é acusado de "participação em atividades de espionagem em benefício de um Estado estrangeiro", indicou a procuradoria em comunicado.
Kovacs é alvo de um inquérito, aberto em Budapeste, sobre espionagem "contra as instituições europeias", fraude fiscal e falsificação de documentos, tendo provocado um importante prejuízo financeiro.
A justiça húngara não indica qual o Estado estrangeiro ao serviço do qual o eurodeputado é suspeito de ter agido, mas a imprensa do país refere numerosas viagens de Bela Kovacs a Moscovo, onde se reuniria secretamente com diplomatas russos.
Pelo crime de espionagem, o eurodeputado incorre numa pena de prisão que pode ir de dois a oito anos.
Kovacs nega as alegações, publicadas por um jornal pró-governamental em 2014, pouco antes das eleições europeias em que obteve um assento como eurodeputado.
Em outubro de 2015, o Parlamento Europeu levantou a sua imunidade.
Desde a vitória do partido de direita Fidesz, que deu ao primeiro-ministro Viktor Oban um segundo mandato, em 2014, o partido Jobbik tornou-se o segundo partido mais importante do país.
Orban é favorito nas sondagens para as próximas legislativas, que deverão ocorrer em abril, pelo que poderá obter um terceiro mandato como primeiro-ministro.
Em matéria de política externa, Orban exibe a sua proximidade com o Presidente russo, Vladimir Putin, que recebeu em Budapeste em 2015 e 2017.
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