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Oposição não pode ter queixas, pois as eleições foram transparentes

O presidente da Câmara dos Deputados da Guiné Equatorial disse hoje que a oposição não pode ter motivos de queixas em relação às eleições de 12 de novembro naquele país, pois estas foram "transparentes e democráticas".

Oposição não pode ter queixas, pois as eleições foram transparentes
Notícias ao Minuto

14:38 - 04/12/17 por Lusa

Mundo Guiné Equatorial

"Penso que a oposição não pode ter alguma queixa em relação às eleições legislativas, municipais e presidenciais que decorreram no meu país a 12 de novembro, porque foram eleições transparentes e democráticas", declarou Gaudencio Mohaba Messu.

O presidente da Câmara dos Deputados da Guiné Equatorial sublinhou ainda que os partidos que se apresentaram às eleições puderam participar na campanha e no processo "livremente".

Gaudencio Mohaba Messu falou aos jornalistas no final de uma reunião com a secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Maria do Carmo Silveira, em Lisboa.

O Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE) - do Presidente Teodoro Obiang -, no poder há 40 anos, venceu as eleições legislativas, para o Senado e municipais de 12 de novembro.

O PDGE e os 14 partidos aliados obtiveram a totalidade dos 75 assentos do Senado e foram eleitos para todas as presidências de municípios do país. Também ganharam 99 dos 100 assentos da Câmara dos Deputados, onde um único deputado da oposição, membro do partido Cidadãos para a Inovação (CI) foi eleito na circunscrição da capital, Malabo.

A oposição equato-guineense afirmou, no entanto, que nestas eleições ocorreram "múltiplas irregularidades", nomeadamente, durante a votação.

"A comunidade internacional felicitou as eleições e a Guiné Equatorial pelo civismo e pela cultura democrática que implantou no país", rebateu Mohaba Messu.

Os líderes das duas forças partidárias opositoras na Guiné Equatorial, Gabriel Obiang Obono, do partido Cidadãos para a Inovação (CI), e Andrés Esono Ondo, de um dos dois partidos que compõem a coligação Juntos Podemos, manifestaram-se também desiludidos com a falta de críticas dos observadores da CPLP nestas eleições de novembro.

Mohaba Messu, por outro lado, agradeceu hoje à CPLP, que enviou uma missão de observação eleitoral à Guiné Equatorial, "muito digna", para o sufrágio em novembro.

De acordo com o deputado (do partido do Governo), os membros da missão da CPLP "visitaram mais de 50% das mesas eleitorais" e "deram-se conta que o povo assumiu estas eleições com muito ânimo, uma festa, e não como uma confrontação eleitoral".

A secretária-executiva da CPLP respondeu, a 22 de novembro, às críticas da oposição da Guiné Equatorial aos observadores eleitorais da comunidade lusófona, explicando que a missão chegou tarde e só conseguiu observar o próprio ato eleitoral, tendo relatado um "clima de tranquilidade". Um relatório final será ainda apresentado pela instituição.

Gaudencio Mohaba Messu reiterou ainda o total compromisso de integração da Guiné Equatorial na CPLP, que entrou para o bloco lusófono em 2014, e também sublinhou os esforços do Governo em expandir o ensino do português.

O deputado agradeceu ainda o apoio do Brasil no âmbito do ensino do português, oferecendo vários programas, nomeadamente na formação de funcionários públicos e professores guineenses em língua portuguesa.

"Estamos muito comprometidos com o ensino da língua portuguesa e, em dois ou três anos, todos estaremos a falar português na Guiné Equatorial (onde se fala espanhol e tem o português como língua oficial, introduzido quando da entrada para a CPLP, a par do francês)", afirmou o deputado equato-guineense.

O presidente da Câmara dos Deputados da Guiné Equatorial está em Lisboa para participar na VII Assembleia Parlamentar da CPLP (AP-CPLP), entre hoje e terça-feira, na Assembleia da República.

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