Fingiu ter sido vítima do atentado no Batclan. Está agora a ser julgado
"O impostor do 13 de novembro", é assim que o Le Figaro se refere ao homem que se fez passar por vítima do atentado na sala de espectáculos Bataclan, em Paris.
© Reuters
Mundo França
Não é o primeiro caso do género entretanto vindo a público. Um tribunal francês, de Versalhes, iniciou esta sexta-feira o julgamento de um jovem de 29 anos que afirmou ter sido vítima do atentado terrorista no Bataclan, ocorrido a 13 de novembro de 2015. Contudo, certo é que Cédric Rey não se encontrava no local do atentado naquela noite. O jornal Le Figaro chama-lhe "o impostor do 13 de novembro".
Embora a justiça francesa já tenha condenado 10 pessoas que se fizeram passar por vítimas dos atentados de Paris e Sain-Denis, que resultaram em 130 mortos, este caso é particularmente mediático. Isto porque o jovem, de acordo com a imprensa francesa, deu várias entrevistas depois do atentado.
No relato que deu, que o próprio reconheceu ter inventado, escreve o G1, Cédric dizia que estava no terraço do Bataclan quando viu homens armados chegarem e a dispararem contra uma mulher grávida. Durante um ano, foi considerado vítima de terrorismo, ficando durante esse tempo afastado do trabalho. Apresentou também um pedido de indemnização.
Suspeitando do seu relato, as autoridades investigaram e concluíram, através da análise da localização do telemóvel, que o homem estava, afinal, a 30 km do local onde aconteceu o atentado e que nem sequer esteve próximo do Bataclan até à meia-noite.
O crime de fraude, pelo qual é acusado, pode ditar uma sentença de prisão de até cinco anos.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com