As autoridades do Serviço Nacional Aeronaval (Senan) e outros elementos dos serviços de segurança continuaram hoje a inspecionar, de forma rigorosa, o “Chong Chon Gang”, que na segunda-feira viajava com um carregamento de açúcar de Cuba para a Coreia do Norte.
O diretor-geral do Senan, comandante Belsio González, disse hoje à agência noticiosa espanhola Efe que acredita que “deve haver contentores similares aos que se encontraram ontem” [segunda-feira].
A operação deve durar “entre oito a dez dias, devido ao grande volume de sacos de açúcar que o barco contém”, acrescentou.
Na segunda-feira, o Presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, disse que o equipamento militar se descobriu de forma inesperada na embarcação e pormenorizou que o material descoberto em dois contentores, oculto na carga de açúcar, era “presumivelmente de componentes sofisticados de lança-mísseis”, se bem que não tenha avançado as suas especificações técnicas.
Os agentes do Senan e da agência antidroga quiseram revistar o barco na segunda-feira, porque tinham informações que indicavam a presença de estupefacientes a bordo, confirmou González, durante uma entrevista por telefone com a agência Efe.
O capitão do barco, de nacionalidade norte-coreana, ainda segundo González, procurou “cortar o próprio pescoço com uma faca” quando viu que os panamianos iam descobrir a carga escondida, mas foi impedido por um agente do Senan, pelo que apenas fez “uma ferida ligeira na garganta”.
As autoridades da Coreia do Norte ainda não se pronunciaram sobre o caso e os EUA já disseram que apoiam a decisão do Panamá de reter e inspecionar o navio, tendo oferecido a sua cooperação.