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Força Aérea dos EUA reconhece "dezenas" de casos como do Texas

A Força Aérea dos Estados Unidos reconheceu na terça-feira a existência de "dezenas" de casos de ex-membros com antecedentes criminais que não reportou ao FBI, como o do autor do massacre, no início do mês, numa igreja no Texas.

Força Aérea dos EUA reconhece "dezenas" de casos como do Texas
Notícias ao Minuto

08:47 - 29/11/17 por Lusa

Mundo Massacre

Os protocolos do Pentágono estabelecem que a Força Aérea e outras corporações militares devem introduzir os dados dos membros com antecedentes criminais num sistema de registo do FBI que tem como objetivo vetar o acesso legal à compra de armas de fogo.

Após o massacre de 25 pessoas na igreja de Sutherland Springs, a Força Aérea reconheceu que não introduziu os dados relativos a Devin Kelley -- autor do tiroteio e ex-membro daquela corporação condenado, em 2012, por violência doméstica -- no referido registo.

A Força Aérea dos Estados Unidos admitiu, esta terça-feira, em comunicado, que após uma revisão parcial dos seus sistemas, descobriu dezenas de casos como o de Devin Kelley.

Precisamente esta terça-feira familiares de oito vítimas do tiroteio do Texas interpuseram uma ação contra a Força Aérea por não ter informado o FBI dos antecedentes criminais do autor do massacre ocorrido numa pequena comunidade daquele estado norte-americano.

Joe e Claryce Holcombe defendem que a negligência da Força Aérea permitiu a Devin Kelley adquirir as armas, o que "causou diretamente esta horrível tragédia".

"Apesar de ter sido [Kelley] quem apertou o gatilho que resultou na morte de J.B. Holcombe e de outros, os erros da Força Aérea, e de outros [organismos], permitiram ao atacante comprar e ter na sua posse a espingarda semiautomática, munição e o colete anti balas que utilizou", refere a ação interposta pelos Holcombe.

J.B. Holcombe, de 60 anos, era filho dos demandantes e nesse dia prestava serviço como pastor na igreja protestante de Suderland Springs, uma pequena comunidade rural no centro do estado do Texas, na qual Kelley matou 25 pessoas, incluindo uma grávida.

Além de J.B. Holcombe, os Holcombe perderam mais sete membros da sua família, incluindo três netos, de entre 17 meses e 13 anos, além da mulher que estava grávida, que era sua nora.

Na semana passada, o procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, ordenou ao FBI que reveja o registo de antecedentes criminais, instando-o a trabalhar com o Pentágono para identificar e resolver os erros com a introdução de antecedentes no registo por parte das forças armadas, e a verificar se outras agências governamentais estão a informar devidamente o Centro Nacional de Informação Criminal (NICS, na sigla em inglês) de casos como o de Devin Kelley.

Sessions também pediu uma revisão aos formulários que devem ser preenchidos pelos cidadãos que pretendam adquirir armas, e um relatório sobre os casos abertos durante os últimos anos por mentiras ou omissões no documento.

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