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Zimbabué volta à normalidade, mas persistem saques e ocupação de quintas

As forças de segurança zimbabueanas confirmaram hoje que persistem incidentes como saques e ocupação ilegal de quintas e casas, apesar de considerarem que o país está a regressar à normalidade após o fim do regime de Robert Mugabe.

Zimbabué volta à normalidade, mas persistem saques e ocupação de quintas
Notícias ao Minuto

12:45 - 27/11/17 por Lusa

Mundo Crise política

Num comunicado conjunto, o Exército e a Polícia do Zimbabué destacam que terminaram as manifestações realizadas durante a crise político-militar, que pôs cobro a 37 anos de liderança de Mugabe, levando o então recém-demitido vice-presidente Emmerson Mnangagwa ao poder, e que as duas forças de segurança vão colaborar no patrulhamento das ruas.

A polícia, ausente das ruas durante a tumultuosa transição política, "vai assumir o seu papel, tal como estipulado na lei", com patrulhas conjuntas com os militares, com particular ênfase no distrito económico central da capital, Harare.

Muitos zimbabueanos aplaudiram os militares pelo papel desempenhado na resignação de Mugabe, a 21 deste mês, mas ainda não confiam na polícia, a quem acusam de corrupção e extorsão.

Na sexta-feira, na tomada de posse de Mnangagwa como sucessor de Mugabe, o chefe das Forças Armadas zimbabueano, general Constantino Chiwenga, foi ovacionado pela multidão que assistia à cerimónia, enquanto o seu homólogo da Polícia, comissário Augustine Chihuri, foi duramente vaiado.

Na posse, Mnangagwa, outrora um dos mais próximos colaboradores de Mugabe e que fora demitido das funções de vice-presidente a 06 deste mês, apelou à população para não guardar ressentimentos antigos, de forma a ajudar o novo Governo na reconstrução política, económica e social do país.

Mnangagwa, que herda um país "em ruínas", deverá anunciar esta semana a composição do novo Governo.

Na declaração conjunta de hoje, as duas forças de segurança deram também conta de incidentes em várias áreas do país, nomeadamente com saques e ocupação ilegal de propriedades agrícolas e de casas, considerando esses atos "criminosos e contra o espírito de reconciliação" que o novo Governo quer criar.

"Esses atos serão julgados com mão forte da Justiça", lê-se no documento.

A propriedade das terras aráveis zimbabueanas tem sido alvo, desde 2000, de ações de expropriação dos agricultores da minoria branca", tal como então argumentou Mugabe, que exigiu a distribuição de lotes pelos agricultores negros.

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