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Ruanda quer acolher 30 mil migrantes maltratados na Líbia

O Ruanda está preparado para receber 30.000 migrantes subsaarianos retidos na Líbia em condições desumanas e está a negociar com a União Africana (UA) um enquadramento para esse acolhimento, anunciou uma porta-voz do governo ruandês.

Ruanda quer acolher 30 mil migrantes maltratados na Líbia
Notícias ao Minuto

16:02 - 23/11/17 por Lusa

Mundo União Africana

Louise Mushikiwabo, citada na imprensa local, disse que o governo está também a estudar formas de dar apoio logístico aos migrantes que queiram regressar aos países de origem.

Este anúncio surge depois da indignação internacional que suscitou a divulgação pela televisão norte-americana CNN de imagens de um "mercado de escravos" na Líbia, onde traficantes vendiam jovens subsaarianos.

"Não podemos ficar em silêncio quando seres humanos estão a ser maltratados e vendidos como gado", disse a porta-voz.

"Esperamos que os ruandeses acolham estes imigrantes que estão a sofrer, [...] pessoas indefesas que estão em perigo", acrescentou.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse-se "horrorizado" com a suposta venda de pessoas como escravos e exigiu uma investigação urgente, frisando que ações destas "estão entre os abusos mais atrozes dos direitos humanos" e "podem configurar crimes contra a humanidade".

O presidente em exercício da União Africana (UA), Alpha Condé, manifestou igualmente a sua indignação face àquele "comércio abjeto" e condenou "uma prática de outra era", pedindo uma investigação exaustiva e apelando aos Estados membros que ajudem os migrantes a regressar aos países de origem.

A Líbia, na margem sul do Mediterrâneo, é há décadas destino de migrantes da África subsaariana que tentam ali chegar para arriscar a travessia marítima para a Europa.

A situação agravou-se após o fim do regime de Muammar Kadhafi, em 2011, quando a luta entre milícias rivais pelo controlo do país, rico em petróleo, mergulhou o país no caos, facilitando as atividades dos traficantes de pessoas.

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