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Taiwan segue com preocupação relação entre Pequim e Vaticano

A diplomacia de Taiwan afirmou hoje que segue de perto a aproximação entre Pequim e o Vaticano, toma nota dos desenvolvimentos e mantém fluidos canais de comunicação com a Santa Sé, o seu único aliado diplomático na Europa.

Taiwan segue com preocupação relação entre Pequim e Vaticano
Notícias ao Minuto

10:15 - 23/11/17 por Lusa

Mundo Diplomacia

A preocupação relativamente às relações de Taiwan com a Santa Sé aumentou após o anúncio da Agência Católica de Notícias, na terça-feira, de uma exibição conjunta dos Museus do Vaticano e do Fundo de Investimento Industrial Cultural da China, na Cidade do Vaticano e Pequim, na primavera do próximo ano.

A diplomacia da ilha Formosa assinalou hoje que Taiwan está "plenamente consciente das amplas interações e diálogos entre Pequim e a Santa Sé".

No entanto, os laços com o único aliado diplomático europeu da ilha "continuam a ser sólidos e estáveis", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Andrew Lee, que citou a recente celebração em Taiwan do XXIV Congresso Mundial do Apostolado do Mar e o sexto Colóquio Budista-Cristão, com a presença de altas autoridades do Vaticano.

Após o Panamá ter rompido, em junho, os laços com Taiwan, para estabelecê-los com a China, teme-se em Taipé que Pequim 'roube' outro dos 20 aliados diplomáticos que a ilha tem.

Nos dois últimos meses, a imprensa da Formosa seguiu com atenção os laços entre a China e a República Dominicana, um dos aliados diplomáticos de Taiwan com maior poder económico e político.

O eventual estabelecimento de relações diplomáticas entre o Vaticano e a China é um assunto recorrente desde que se iniciaram os contactos entre Pequim e a Santa Sé com vista a resolverem as suas diferenças.

Até à data, pese embora os muitos contactos entre Pequim e a Santa Sé, não se resolveram de todo as divergências relativamente à nomeação de bispos, à situação da Igreja Patriótica chinesa, à liberdade religiosa na China e aos laços diplomáticos do Vaticano com Taiwan.

Tentativas anteriores de restaurar as relações têm sido travadas pela insistência chinesa de que o Vaticano volte atrás no reconhecimento de Taiwan e se comprometa a não interferir nos assuntos religiosos chineses.

Pequim cortou as relações diplomáticas com o Vaticano em 1951, depois de o Partido Comunista ter tomado o poder e constituído a sua própria igreja fora da autoridade do papa.

Oficialmente, existem cerca de 24 milhões de católicos na China, o país mais populoso do mundo, com aproximadamente 1.375 milhões de habitantes.

O culto só é autorizado nas igrejas aprovadas pelo Estado, pela Associação Católica Patriótica Chinesa, que reconhece o papa como um líder espiritual, mas rejeita a sua autoridade na ordenação de padres e bispos.

No entanto, existem na China igrejas clandestinas que permanecem fiéis ao Vaticano.

Macau e Hong Kong são os únicos locais em toda a China onde a autoridade papal na Igreja Católica Romana é aceite.

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