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Rússia admite ser origem de nuvem radioativa na Europa em setembro

A agência russa de meteorologia Rosguidromet admitiu hoje que a concentração "extremamente elevada" de ruténio-106, que originou uma nuvem radioativa na Europa em outubro, foi detetada em setembro em várias regiões da Rússia.

Rússia admite ser origem de nuvem radioativa na Europa em setembro
Notícias ao Minuto

20:02 - 20/11/17 por Lusa

Mundo Ambiente

O ruténio-106 "foi detetado pelas estações de observação de Arguaiach e Novogorny, entre 25 de setembro e 01 de outubro", confirmando os registos de várias entidades europeias que monitorizaram a situação.

A agência indicou que a taxa mais elevada da presença de ruténio foi registada na estação de Arguaiach, uma localidade próxima de Tcheliabinsk, sul dos Urais, "excedendo 986 vezes" as concentrações detetadas em agosto.

Rosguidromet não revelou qualquer indicação sobre a potencial fonte da poluição, mas Arguaiach situa-se a 30 quilómetros do complexo nuclear Maiak, atualmente destinado ao tratamento de combustível nuclear usado.

Em Maiak, em 1957, aconteceu um dos piores acidentes nucleares da história.

O ruténio-106 foi depois detetado no Tartaristão, membro da federação russa, localizado a sul, antes da nuvem se ter detetado em "todos os países europeus, a partir de Itália até aos países do norte da Europa".

A nuvem de radioatividade começou a ser detetada em 29 de setembro e o Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN) de França, determinou, após investigação, que "a zona mais plausível de origem de ruténio-106 se situava entre o rio Volga e a cordilheira dos Urais, que engloba as zonas da Rússia e do Cazaquistão.

O IRSN precisou que a origem da nuvem de poluição não podia ser proveniente de um reator nuclear porque outros elementos radioativos tinham sido detetados e admitiu "a hipótese de libertação de uma instalação" dedicada ao ciclo do combustível nuclear ou ao fabrico de fontes radioativas.

"Os níveis de concentração de ruténio no ar na Europa, incluindo a França, não têm consequência tanto para a saúde humana como para o ambiente", observou o IRSN.

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