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Ator brutalmente agredido por seguranças. "Tive muito medo de morrer"

Diogo Cintra viu o telemóvel e a carteira serem roubados pelos agressores, que ainda não foram identificados pela polícia.

Ator brutalmente agredido por seguranças. "Tive muito medo de morrer"
Notícias ao Minuto

11:53 - 20/11/17 por Notícias Ao Minuto

Mundo Brasil

O ator brasileiro Diogo Cintra, de 24 anos, foi confundido com um assaltante por seguranças do Terminal Dom Pedro II,  em São Paulo, que se recusaram a ajudá-lo enquanto era agredido por cinco homens.

De acordo com a Folhapress, Diogo Cintra viu o telemóvel e a carteira serem roubados pelos agressores, que ainda não foram identificados pela polícia. Entretanto, os funcionários do terminal foram afastados até que sejam concluídas as investigações sobre este caso de racismo e de agressão.

"Estava a pé quase a chegar ao terminal Parque Dom Pedro II, para um dos três autocarros até à minha casa, quando fui abordado por dois homens. Eles perguntaram o que eu tinha para lhes dar e logo percebi que se tratava de um assalto. Como estava perto do terminal, vi que dava para correr em busca de segurança. Foi o que fiz", conta a vítima de agressão.

"Pedi ajuda a uma vigilante, disse que estava a ser assaltado, e ela respondeu: 'Corre'. Apareceram mais três homens com paus nas mãos e três cães. Disseram aos seguranças que eu tinha tentado assaltá-los. Eu insistia que não havia feito nada, mas não tinha poder para falar diante dos agressores. Eles convenceram os funcionários do terminal que eu devia pagar pelo roubo, apesar de nunca o ter cometido", relata.

"Os seguranças olharam impassíveis quando os homens me pegaram no braço e me levaram em direção ao rio. Já era início da manhã e havia outros passageiros nas plataformas, mas ninguém me ajudou. O mais curioso é que um dos seguranças também era negro e, mesmo assim, acreditou na versão dos homens, só por causa da minha cor de pele. Quando me vi sendo arrastado para fora do terminal, entrei em desespero e comecei a me debater. Tive certeza que eles iam me espancar até desmaiar e, depois, me jogar no rio. Tive muito medo de morrer". desabafa o ator.

E, prossegue: "Começaram as agressões. Levei socos pelo corpo todo e pauladas na cabeça. Gritava e implorava para que parassem, mas eles continuavam com as agressões.

Num momento, deixaram-me correr, mas soltaram os cães para cima de mim. Até que "uma moça que fazia parte do grupo espantou os cães e pediu para pararem de me bater. Finalmente, deixaram-me ir".

O caso ganhou grandes dimensões e a Secretaria Municipal de Transportes anunciou este sábado à tarde, quatro dias após a ocorrência, o afastamento dos funcionários envolvidos. 

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso e a vítima será ouvida nos próximos dias. As imagens das câmaras do terminal estão a ser analisadas para a identificação dos autores das agressões.

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