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Nebrasca retoma execuções agora com mistura inédita de medicamentos

O Estado do Nebrasca, no centro dos EUA, vai retomar a aplicação da pena de morte após 20 anos de interrupção, com a execução de um assassino, com recurso a uma mistura inédita de medicamentos.

Nebrasca retoma execuções agora com mistura inédita de medicamentos
Notícias ao Minuto

23:44 - 10/11/17 por Lusa

Mundo Estados Unidos

Os dirigentes penitenciários informaram na quinta-feira Jose Sandoval, de 38 anos, que está no designado corredor da morte pelo assassínio de cinco pessoas, durante um assalto a um banco em 2002, da sua intenção de lhe aplicar a sua sentença através de uma injeção letal.

A utilização prevista de um novo protocolo medicamentoso pode provocar a apresentação de recursos na justiça, depois de os opositores à pena de morte terem já expressado inquietações a este propósito.

"Qualquer nova associação medicamentosa significa que a execução é uma espécie de experiência humana", sublinhou Robert Dunham, do centro de Informação sobre a Pena Capital, em declarações à AFP.

À semelhança de numerosos Estados, o Nebrasca tem tido dificuldade em se abastecer com as substâncias necessárias para as injeções letais. Os grupos farmacêuticos cederam à pressão da opinião pública e deixaram de fornecer estes produtos.

As autoridades não revelaram como se aprovisionaram para este novo protocolo, composto por um sedativo (diazepam, Valium), um poderoso analgésico (citrato de fentanil), um relaxante muscular (besilato de cisatracúrio) e cloreto de potássio, que pára o coração.

Danielle Conrad, da secção da União Americana para as Liberdades Civis (ACLU, na sigla em Inglês) no Nebrasca, denunciou "um cocktail para injeção letal não testado e experimental". Em comunicado, sintetizou: "Horroroso".

A pena de morte tinha sido suprimida pelos congressistas do Nebrasca em 2015, mas foi reintroduzida por um referendo de iniciativa popular em 2016.

O número de execuções recuou nos EUA na última década, segundo o Centro de Informação sobre a Pena Capital. Em 1999 houve 98 e em 2009 baixou para quase metade, 52. Este ano já houve 23 execuções.

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