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Criança de sete anos salva por aquele que é o maior transplante de pele

Criança tem hoje 9 anos e está totalmente recuperada.

Criança de sete anos salva por aquele que é o maior transplante de pele
Notícias ao Minuto

09:50 - 09/11/17 por Notícias Ao Minuto

Mundo Alemanha

Uma equipa de médicos alemães conseguiu salvar uma criança síria de sete anos e com uma rara doença de pele, graças àquele que será, até hoje, um dos maiores transplantes de pele de sempre.

O menino, cuja identidade não é revelada, terá conseguido fugir da guerra da Síria com os pais. Contudo, um problema de pele que afetava 80% do seu corpo estaria prestes a pôr a sua vida em risco.

A condição em questão trata-se da Epidermólise bolhosa, uma doença do tecido conjuntivo, ainda sem cura, que causa bolhas na pele e membranas mucosas, e que resulta numa grande fragilidade da pele.

Uma equipa de médicos da unidade de queimados de um hospital alemão tentou fazer de tudo para atenuar a condição do menino, tendo chegado a fazer um transplante da pele do pai para a criança, mas nada parecia resultar.

A equipa de médicos acabou por pedir ajuda a um investigador italiano, Michele De Luca, especialista no assunto, e acabaria por advir daí a solução. Quinze anos antes, o diretor da Universidade de Modena fora bem sucedido a restaurar a pele da perna de uma pessoa com a mesma doença, através da terapia de genes. Os médicos alemães enviaram a De Luca uma amostra da pele da criança que não estava afetada pela doença, e o professor italiano conseguiu criar um pedaço de tecido que possuía o gene da pele da criança, para posteriormente lhe ser aplicado no corpo.

Em outubro e novembro de 2015, os médicos cobriram os membros e as costas da criança com esta nova pele e no Natal desse mesmo ano a criança já estava a recuperar. Em fevereiro, teve alta do Hospital Universitário de Ruhr da Universidade de Bochum, na Alemanha, e meses depois já exibia a sua nova pele.

A epiderme do menino - a camada superior da pele - regenerou-se totalmente após as novas células terem sido adicionadas, provando pela primeira vez que a epiderme inteira é sustentada apenas por algumas células, refere o investigador, que diz que a criança é a prova de que os dez anos de estudos e investigações valeram a pena.

A criança, hoje com nove anos, é uma criança saudável e robusta, faz saber o Scientific American.

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