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Diretor de campanha afastado para evitar conflitos com "certas nações"

O Presidente norte-americano, Donald Trump, assegurou numa entrevista hoje emitida que prescindiu em agosto de 2016 do seu diretor de campanha eleitoral, Paul Manafort, para evitar "potenciais conflitos de interesses" devido às relações dele com "certas nações".

Diretor de campanha afastado para evitar conflitos com "certas nações"
Notícias ao Minuto

20:20 - 05/11/17 por Lusa

Mundo Donald Trump

Trump respondeu assim à pergunta sobre por que razão aceitou a demissão de Manafort, que se juntou à campanha em março de 2016 e a dirigiu entre junho e agosto e que esta semana se entregou ao FBI (polícia federal dos Estados Unidos) depois de ter sido acusado de crimes financeiros, no âmbito de uma investigação independente sobre as relações entre a equipa do agora Presidente norte-americano e a Rússia.

"Acho que encontrámos algo em que ele podia estar envolvido, com certas nações, e nem sequer sei exatamente o que era, em particular, mas pensámos que era melhor afastar o Paul, porque não queríamos ter nenhum potencial conflito", disse Trump na entrevista, hoje emitida pela estação de televisão ABC News.

"Podia tê-lo mantido mais tempo, não creio que alguém se queixasse. Mas não queríamos ter nenhum conflito de interesse potencial, em absoluto", acrescentou.

Manafort demitiu-se do seu cargo de diretor de campanha Trump depois de o diário The New York Times ter publicado que ele recebeu, entre 2007 e 2012, quase 13 milhões de dólares de um partido ucraniano pró-russo, pelo que estava a ser investigado pelo Departamento Anti-Corrupção de Kiev.

Em 30 de outubro, Paul Manafort e o seu ex-sócio Rick Gates entregaram-se ao FBI após serem acusados de 12 crimes financeiros, no âmbito da investigação dirigida pelo procurador especial Robert Mueller sobre as ligações entre a Rússia e a campanha de Trump.

Segundo Mueller, os acusados criaram uma "rede de entidades e contas bancárias" em diferentes países para ocultar até 75 milhões de dólares que obtiveram principalmente do Governo pró-russo da Ucrânia e de outros oligarcas russos a quem ajudaram, por exemplo, a melhorar a sua imagem nos Estados Unidos.

As acusações, em relação às quais ambos se declararam culpados, referem-se a uma atividade anterior à entrada de Manafort na campanha de Trump, e o Presidente sublinhou, na entrevista, que o acusado "não esteve muito tempo" na sua equipa eleitoral.

O chefe de Estado também reiterou que, de momento, não tem planos para despedir Mueller, como fez em maio com o então diretor do FBI, James Comey, que foi o primeiro a dirigir a investigação sobre a Rússia.

"Espero que [Mueller] esteja a tratar tudo de forma justa e, se estiver a fazê-lo, vou ficar muito satisfeito, porque, no que se refere à inocência, eu realmente não estou envolvido em nenhum tipo de conluio com a Rússia", declarou Trump.

"O último que a Rússia queria que fosse Presidente era eu, pela minha atitude quanto ao petróleo e quanto aos militares e à força", acrescentou.

O Presidente norte-americano disse também que não espera que Mueller o interrogue em algum momento da investigação, porque "ninguém" lhe disse que se preparasse para isso.

"Eu não estou a ser investigado", frisou.

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